TEERÃ, 27 MAI (ANSA) – Em meio a tensões com os Estados
Unidos, o presidente do Irã, Hassan Rohani, defendeu que poderá realizar um
referendo público sobre o programa nuclear de Teerã, informou neste domingo
(26) a agência estatal “Irna”.

O referendo poderia fornecer cobertura política para o
governo iraniano aumentar seu enriquecimento de urânio, proibido pelo acordo
nuclear de 2015.
De acordo com o presidente, o método “pode tirar o país de
um beco sem saída e abrir o caminho”. Rohani também afirmou que sugeriu em 2004
um referendo sobre o tema ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mas
apesar dele ter concordado, a eleição de Mahmoud Ahmadinejad o fez continuar
por outro caminho.
No encontro com os editores dos principais jornais
iranianos, Rohani acrescentou que é necessário “acabar com a guerra econômica o
mais rápido possível, porque todo o sofrimento recai sobre o povo”. O chefe de
Estado também convidou a imprensa a “estudar cuidadosamente” o artigo 134 da
Carta Magna, segundo o qual é o presidente quem “determina os programas do
governo e aplica as leis”.
Nos últimos dias, Khamenei criticou publicamente Rohani e
seu ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, por repetidamente
buscar o acordo nuclear de 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram no ano
passado.
Além de defender a realização do referendo, o Irã enviou
cartas para os líderes do Japão, Reino Unido, China e das nações da União Europeia
informando sua decisão. “Se os cinco países se juntarem às negociações e
ajudarem o Irã a alcançar benefícios no campo petrolífero e bancário, o Irã
retomará os compromissos assumidos no acordo nuclear”, afirmou
Rohani.
Segundo o acordo, Teerã pode manter reservas que não
ultrapassem mais de 300 quilos de urânio de baixo índice de
enriquecimento.
No entanto, o número é muito inferior aos 10 mil de urânio
enriquecido que já possui.(ANSA).
Fonte: Isto é, noticias.uol
Comentário:
Já faz algum tempo que esse país não tenha desenvolvido
projetos nucleares dessa maneira. De ter que lidar com uma fonte de energia
devastadora requer altos custos de vida. O mundo já fica aterrorizado por
coisas assim, se o Irã tiver algum objetivo que talvez possa ser útil ou não,
será uma decisão tomada por um governo que já saiba o que esta fazendo com esse
recurso.
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