'Camarões assassinos' estão destruindo ecossistema
de rios ingleses, diz estudo.
Segundo cientistas,
medo da presença desses invasores intimida organismos nativos, que ficam
incapacitados de desempenhar seu papel vital no sistema.
O medo
da presença de 'camarões assassinos' invasores pode intimidar organismos
nativos a tal ponto que eles ficam incapacitados de desempenhar seu papel vital
nos sistemas fluviais, sugere um novo estudo, publicado na revista “Acta
Oecologica”.
Mark Briffa,
professor de comportamento animal da Universidade de Plymouth (Reino Unido), e
o consultor independente Calum MacNeil se concentraram no camarão invasor Dikerogammarus villosus , o qual nas últimas três
décadas vem substituindo as espécies Gammarus que habitam
os rios da Europa. Por este motivo, ganharam o apelido de ' camarões assassinos '.
A invasão , proveniente do Mar Cáspio e do Mar Negro,
está tendo grandes efeitos localizados, uma vez que o voraz predador consome uma vasta gama de espécies. Tal comportamento
está sendo subsequentemente ligado a mudanças nos ecossistemas e até a
extinções locais.
O
estudo mostra pela primeira vez que a mera presença do predador – o chamado
efeito não consuntivo (NCE) – pode reduzir a eficácia normal das atividades de
suas presas. Isso as leva a gastar mais energia simplesmente evitando o
predador em uma tentativa de autopreservação, em vez de se concentrar nas
tarefas essenciais do ecossistema ,
como triturar o caule de folhas caídas em partículas menores a fim de serem
consumidas por outras espécies.
Para
o estudo, cada uma das três espécies diferentes de Gammarus (todas
comumente encontradas em rios europeus) foi colocada dentro de um tanque. Na
metade dos tanques, uma amostra do Dikerogammarus villosus também foi colocada
dentro de uma gaiola.
O
comportamento do Gammarus foi então avaliado no espaço de vários
dias, com os pesquisadores medindo até que ponto eles rasgaram as folhas como
seria de se esperar em seu ambiente natural.
Os
resultados mostraram que, após quatro dias, cada espécie de Gammarus apresentou
menor eficiência de trituração na presença do “camarão caçador” enjaulado em
comparação com os casos em que o invasor estava ausente.
“Nossos resultados indicam que o efeito de
NCEs em espécies funcionalmente importantes pode ter ramificações, por exemplo,
impactando a recuperação de comunidades de
riachos após a perturbação do ambiente”, afirma Briffa, cuja pesquisa incluiu
avaliações em espécies como
caranguejos-eremitas e anêmonas-do-mar. “Uma melhor compreensão do papel das
NCEs durante as invasões biológicas poderia aumentar nossa capacidade de prever
seu progresso e, em alguns casos, as ramificações mais amplas no nível do
ecossistema”.
Fonte: Último Segundo - IG.
Comentário:
É
um assunto muito sério em relação ao nosso ecossistema, tem mais de dezenas de criaturas na terra que são classificados como verdadeiras pragas. Tem os peixes leão
vermelho, o mosquito, o pulgão, a maioria dos ratos, entre outros, mas os
camarões, já é um risco alto. O controle de uma super-população de seres vivos
letais ao meio ambiente requer o apoio da segurança nacional para impedir que
espécies sejam dizimadas por um perigo assassino em seu próprio lar natural.
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