sábado, 1 de outubro de 2016

Sistema Solar



SISTEMA SOLAR

A nossa estrela - O Sol

É a única estrela do Sistema Solar.
Encontra-se a 150 milhões de quilómetros (km) da Terra.
Tal como o Sistema Solar, tem aproximadamente 5 mil milhões de anos e tudo indica estar na meia-idade.
É uma estrela de média dimensão.
Comparativamente à Terra, o seu diâmetro é aproximadamente 109 vezes maior.
É constituído por gás, na sua maioria hidrogénio ionizado.
O Sol liberta um conjunto de radiação e partículas carregadas que são ejetadas e propagam-se pelo Sistema Solar a que se dá o nome de vento solar.
A gravidade existente origina, no seu núcleo, uma enorme pressão (milhares de milhões de vezes a pressão atmosférica terrestre) e uma temperatura de 15 milhões de graus, o que lhe permite manter a reacção de fusão nuclear que, por sua vez, liberta energia suficiente para impedir o seu colapso gravitacional. A energia libertada corresponde à explosão de 100 mil milhões de toneladas de TNT por segundo.
No núcleo produz-se energia, a temperatura atinge 8 milhões de graus e baixa até aos 7000 ºC na superfície.
Na superfície do Sol (fotosfera) a radiação solar liberta-se para o espaço.
Encontramos, na fotosfera, zonas escuras denominadas manchas solares.
Por cima da fotosfera existe uma faixa avermelhada que é envolta pela coroa solar.
A coroa só é visível durante um eclipse e atinge normalmente um milhão de graus.
O Sol tem períodos de maior actividade, onde surgem manchas e erupções na fotosfera com maior intensidade. Existe um ciclo de 11 anos.
As erupções mais violentas libertam energia equivalente a milhões de bombas nucleares e podem interferir com os satélites e perturbar as telecomunicações.

Os cometas

Um cometa é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteróide, mas composto principalmente por gelo.
No nosso sistema solar, as órbitas dos cometas estendem-se para lá da órbita de Plutão.
Entre os primitivos e silvícolas inspiravam superstições e temores, associados a anjos, demónios ou entidades espirituais providas de poder sobre os povos.
A constituição básica de um cometa aparentemente é um núcleo de dimensões relativamente pequenas que em princípio mostra estar envolto por uma névoa brilhante e uma coma, ou cabeleira, cuja forma é aparentemente esférica.
À medida que se aproxima do Sol, o seu brilho vai aumentando progressivamente; normalmente começa por aparecer uma cauda que pode chegar a alcançar até centenas de milhares de quilómetros de extensão.

 Os asteroides

Um asteroide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de algumas centenas de quilómetros apenas. É também chamado de planetóide. O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "óide", sufixo que denota semelhança.
Já foram catalogados mais de 3 mil asteroides, sendo que diversos deles ainda não possuem dados orbitais calculados; provavelmente existem ainda milhares de outros asteroides a serem descobertos. Estima-se que mais de 400 mil possuam diâmetro superior a 1 quilómetro.
Os asteroides estão concentrados numa órbita cuja distância média do Sol é em torno de 2,17 a 3,3 unidades astronómicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Esta região é conhecida como Cintura de Asteróides. No entanto, dentro desta cintura há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.
Alguns asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas Terra, Vénus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA (earth-grazers, ou earth-grazing asteroids). Um deles é o famoso Eros, que se pode observar na figura ao lado.
Ceres era considerado o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente 1000km, mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.

 Os satélites naturais

Um satélite natural, lua ou planeta secundário é um astro que circula em torno de um planeta principal, isto é, não orbita em torno de uma estrela. Por exemplo, a Lua é um satélite da Terra.
Porém, algumas luas são maiores que alguns planetas principais, como Ganímedes e Titã, satélites de Júpiter e Saturno, respetivamente, que são maiores que Mercúrio. Assim sendo estes satélites, se girassem em volta do Sol, seriam considerados planetas principais. Apesar disso, existem outros satélites que são muito menores e têm menos de 5 km de diâmetro, como várias luas do planeta Júpiter.

Os Planetas principais do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituido por oito planetas principais, são eles:
Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

O Sistema Solar é também constituido por cinco planetas anões:


 Mercúrio
Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exactamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um processo de contracção, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação.

Vénus

A imagem representa a paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa atividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava. Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efetuando-se em sentido retrógrado, ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500 ºC, devido ao efeito de estufa. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio (azoto).

Terra

A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos.

 Marte

Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda Viking Orbiter da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma distância média de 228 milhões de quilómetros.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura. marcadamente elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.

 Júpiter

O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espetacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A formação mais espetacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.
Saturno

Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas Voyager, Saturno tornou-se uma atracção universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogénio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas nas latitudes altas.

 Urano

O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.
É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.

 Neptuno

A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilómetros do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta.

 Planetas Anões do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituido por vários planetas anões:
Plutão, Éris e Ceres. (os primeiros a ser classificados como tal).
Makemake (formalmente designado em Julho de 2008, pela União Astronómica Internacional).
Haumea (confirmado como planeta anão a partir de 18 de Setembro de 2008).

Plutão
Até 2006, Plutão foi considerado um planeta principal do Sistema Solar, mas a descoberta recente de vários corpos de tamanho semelhante e, em alguns casos, maiores, no Cinturão de Kuiper, fez com que a União Astronómica Internacional (U.A.I.) decidisse, em 24 de Agosto de 2006, considerá-lo um planeta anão, juntamente com Éris e Ceres, o maior dos asteróides. Plutão é agora visto como o primeiro de uma categoria de objectos trans-neptunianos e foi-lhe atribuído o número 1340340 no catálogo de planetas menores.
A descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa do sistema Plutão-Caronte, por meio da simples aplicação da fórmula newtoniana da 3.ª lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente calculado, sendo equivalente a menos de 0,2 do da Lua. As características físicas de Plutão são, em grande parte, desconhecidas, porque ainda não recebeu a visita de uma nave espacial e a distância a que se encontra da Terra dificulta investigações mais detalhadas. Actualmente a sonda da NASA "New Horizons" (a mais veloz até hoje construída pelo homem) dirige-se para Plutão, cuja atmosfera vai investigar em 2015.

Éris

É conhecido oficialmente como 136199 Eris, é um planeta anão nos confins do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o "décimo planeta", devido a poder ser maior que o então planeta Plutão.
Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 Unidades Astronómicas (UA) do Sol (uma UA equivale a cerca de 150 milhões de quilómetros), em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA).

 Ceres

É um planeta anão que se encontra na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter. Tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço que se encontra nessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço da massa total da cintura de asteróides.
Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo do nosso planeta, pouco se sabe sobre Ceres.
A sua classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteróide por mais de 150 anos.
No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4 600 milhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteróides".

Haumea

Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutoide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hi`iaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a sua rápida rotação, elongação extrema e albedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo.
Apesar de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade.

 Makemake
Makemake é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do Cinturão de Kuiper. O seu diâmetro é de cerca de três-quartos do de Plutão. Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores do Cinturão. A sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 240 ºC negativos).
De início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como "coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de Março de 2005 por uma equipa chefiada por Michael Brown. O facto foi anunciado em 29 de Julho de 2005. Posteriormente, a 11 de Junho de 2008, a União Astronómica Internacional (UAI) incluiu-o na sua lista de candidatos potenciais ao status de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Neptuno que incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um plutóide em Julho de 2008.
Makemake recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da ilha de Páscoa.

Referência: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Política no Brasil



Política

Impeachment é o nome dado para o processo de cassação do mandato e afastamento das funções do chefe do poder executivo, realizado após denúncia de crime comum, crime de responsabilidade ou desrespeito às leis constitucionais. Quem assume o poder no caso de impeachment do Presidente da República é seu vice-presidente.

Impeachment de Dilma.

O impeachment de Dilma Rousseff consistiu em uma questão processual aberta com vistas ao impedimento da continuidade de seu mandato como Presidente da República do Brasil. O processo iniciou-se com a aceitação, em 2 de dezembro de 2015, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, e se encerrou no dia 31 de agosto de 2016, resultando na destituição de Dilma do cargo. Assim, Dilma Rousseff tornou-se o segundo Presidente da República a sofrer impeachment no Brasil, sendo Fernando Collor o primeiro em 1992.

As acusações sobre desrespeito à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa por parte da presidente, além de lançarem suspeitas de envolvimento da mesma em atos de corrupção na Petrobras, que eram objeto de investigação pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. Havia, no entanto, juristas que contestavam a denúncia dos três advogados, afirmando que as chamadas "pedaladas fiscais" não caracterizaram improbidade administrativa e que não existia qualquer prova de envolvimento da presidente em crime doloso que pudesse justificar o impeachment.


A partir da aceitação do pedido, formou-se uma comissão especial na Câmara dos Deputados, a fim de decidir sobre a sua admissibilidade. O roteiro começou com os depoimentos dos autores do pedido e teve seguimento com a apresentação da defesa de Dilma. Enquanto isso, manifestações de rua contra e a favor do impedimento ocorriam periodicamente em todo o país. 

O resultado final aconteceu no Senado Federal, onde os senadores votaram a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Referência: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

terça-feira, 19 de julho de 2016

O futuro do mundo.



O futuro do mundo.

Um mundo mais quente

Nos próximos 100 anos, a temperatura média global deve aumentar entre 4ºC e 8ºC. De acordo com Hilton Silveira Pinto, diretor associado do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, os polos são as áreas que mais vão sentir esse aquecimento. No Brasil, o Nordeste e a região amazônica devem registrar um aumento de 6ºC a 8ºC em sua temperatura média. Mesmo com a dificuldade em quantificar as razões do aquecimento global, o professor acredita que a maior influência seja da atividade humana, com a emissão de gases do efeito estufa.
Para os oceanos, estima-se um aumento de 2ºC na temperatura média. Pode parecer pouco, mas imagine a quantidade necessária de calor para elevar a temperatura de todo o planeta Terra. 'É preciso uma energia consideravelmente grande para afetar um corpo com 40 mil km de diâmetro', define o coordenador do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rualdo Menegat. Esses aumentos vão fazer a diferença no modo como viverá a humanidade, seja no planejamento das grandes cidades ou na nossa saúde e na fauna e flora ao redor do globo.


Deserto no Nordeste,
chuva no Sul

Para 2050, especialistas estimam 5% de diminuição de chuva para a região do Nordeste brasileiro. A partir daí, segundo Hilton Silveira Pinto, professor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, é possível que se inicie um processo de desertificação na região, com exceção do seu litoral. 'Essa é a tendência para áreas mais secas. No mundo, já se observa esse fenômeno, como no deserto do Saara, que já expandiu suas dimensões na Nigéria e continuará expandido', destaca Pinto.
Enquanto isso, no sul do Brasil, gaúchos e catarinenses devem se preparar para mais chuva: é possível que haja um aumento na média pluviométrica de até 10% para o próximo século, de acordo com o professor da Unicamp.


Mapas alterados

O aumento previsto na temperatura média da Terra não será suficiente para derreter a Antártica, conforme projetam os mais apocalípticos, diz o professor Rualdo Menegat. Contudo, considerando-se que o nível dos oceanos poderá subir de 60 cm a 1 m, estima-se que o derretimento do gelo poderá alagar regiões costeiras, principalmente na Ásia, como o litoral de Bangladesh. Regiões do Brasil e da África e o sul dos Estados Unidos também deverão sofrer alterações nas suas margens.
Segundo o professor, pequenas ilhas paradisíacas do Pacífico, como a Ilha de Biquíni, poderão desaparecer. 'Milhares de pessoas serão desalojadas, aumentando o número de refugiados ambientais, pressionando essas populações para os centros urbanos', conclui.

População mais velha
e multicultural

Somos hoje 7 bilhões de pessoas no mundo. No ano de 2050, as Nações Unidas estimam que seremos 9,1 bilhões. A população que mais contribuirá para esse crescimento será a dos países em desenvolvimento: de 5,6 bilhões (dado de 2009) para 7,9 bilhões em 2050. Acredita-se que, em 2050, devemos chegar a uma estabilidade populacional e cresceremos numa velocidade menor. Se a tendência atual se mantiver, seremos uma população cada vez mais velha. A estimativa atual é que, de 2009 para 2050, o total de adultos com mais de 60 anos em todo o mundo salte de 739 milhões para 2 bilhões.
Mas não é só em números que o mapa demográfico do mundo apresenta mudanças. Alterações climáticas e avanços tecnológicos nas áreas rurais serão responsáveis por migrações cada vez mais frequentes para os centros urbanos. Segundo o coordenador do curso de Geologia da Ufrgs, Rualdo Menegat, as cidades devem assistir seu número de habitantes dobrar nos próximos anos, quando 80% da população mundial for urbana. Ele define o próximo século como a época em que o maior desafio para o homem será a capacidade de conviver com multiplicidade de culturas. 'Nosso maior desafio não será tecnológico, mas cultural e educacional. O que foi o massacre na Noruega senão uma intolerância daquele moço em conviver com as diferenças?'


Escassez de água

Daqui 40 anos, quando acredita-se que a população irá atingir uma estabilidade no seu crescimento, serão 4 bilhões de pessoas vivendo em áreas de escassez d’água. As regiões mais problemáticas deverão ser as mesmas de hoje: sudeste asiático, grande parte da África e Oriente Médio. No entanto, o professor do departamento de Ciências Ambientais da PUC-SP Paulo Moraes, não acredita em conflitos de dimensões internacionais. 'Eu acredito em soluções pacíficas para o problema, afinal, creio na evolução humana', diz o geógrafo.
Para ele, é importante destacar que não só regiões com escassez do recurso hídrico na natureza podem ser prejudicadas. Também é preciso estar atento às áreas de alta densidade demográfica. No Brasil, onde está 16% de toda água potável do mundo, o Estado de São Paulo já sofre com o problema. 'Atualmente, parte do abastecimento da Grande São Paulo vem de Minas Gerais', diz o professor.

Animais extintos

Espécies aquáticas são as que mais correm risco de desaparecer nos próximos anos. A elevação do nível do oceano e o aumento da temperatura, consequências do aquecimento global, afetarão diretamente a vida das espécies que vivem em ilhas oceânicas, ambientes costeiros (praias, manguezais e restingas) e ambientes coralíneos, diz o coordenador-geral de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ugo Eichler Vercillo.
Ele cita como exemplo de espécies que correrão risco de extinção em 100 anos, tartarugas marinhas, peixe-boi, peixes residentes em corais, aves oceânicas e migratórias. O crescimento urbano é apontado pelo analista ambiental como outra razão que pode provocar extinção de animais a longo prazo. 'A expansão das cidades fragmenta ambientes e retira o habitat natural de espécies, diminuindo a oferta de alimento e segregando grupos. Esse fator poderá levar a extinção espécies como o sauim-de-Manaus (Saguinus bicolor) e a rãzinha Physalaemus soaresi', observa. Hoje a lista oficial de espécies ameaçadas no Brasil é de 627 espécies, sendo duas extintas na natureza e 125 consideradas Criticamente em Perigo (CR), de acordo com o ICMBio.

Cidades verticalizadas

Com as atividades no campo cada vez mais tecnificadas, a tendência é que a população rural migre para as cidades. Em 100 anos, os centros urbanos estarão ainda mais densos, com grande concentração dos seus moradores, acredita o professor doutor Lauro Luiz Francisco Filho, responsável pela área de urbanismo da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.
Desde os planos diretores da década de 1950, as cidades são segregadas em áreas residenciais, comerciais e industriais, observa. Mas as distâncias e o inchaço das cidades causaram um problema conhecido do homem urbano hoje: o congestionamento do trânsito. 'Será importante encurtar distância, ter uma cidade compacta, por isso a verticalização. Não saberia dizer se a tendência são prédio gigantes, como os de 400 andares de Dubai, ou se medianos, com 50 andares', explica.

Trânsito limpo, silencioso
e inteligente

No próximo século, é bem provável que o homem se admire ao descobrir como funcionavam os veículos dos bisavós. 'As pessoas vão perguntar: 'mas os carros lançavam gás carbônico na atmosfera?', prevê o professor da Unicamp Lauro Luiz Francisco Filho. Para ele, a tendência é que predominem veículos coletivos e movidos a energias limpas, como os ônibus movidos a hidrogênio, mais silenciosos.
Em São Paulo, desde dezembro de 2010 já está em circulação um protótipo, mas ele ainda custa cerca de três vezes mais do que um ônibus convencional – algo que deve mudar quando a produção for nacional e em larga escala.
Silenciosos e 'limpos' também são os carros elétricos, outra aposta do professor. Em 100 anos, eles devem substituir de vez os automóveis a gasolina e álcool. No ano passado, uma montadora lançou o primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala, mas o veículo ainda não é comercializado no Brasil.
Além de um carro elétrico, que tal entrar em uma via rápida com a garantia de que não haverá engarrafamento? Para Francisco Filho, no futuro será possível andar em sistemas de trânsito inteligentes, nos quais os carros andarão em comboio, engatados uns nos outros e se comunicando, evitando imprevistos. Inclusive, já está em desenvolvimento a tecnologia de sensores de proximidade para automóveis, que poderão trocar informação, mantendo, por exemplo, distância e aceleração calculadas para não prejudicar o fluxo do trânsito.

Referências:

Terra em http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/mundo-100anos/