SISTEMA
SOLAR
A nossa estrela - O Sol
É a
única estrela do Sistema Solar.
Encontra-se
a 150 milhões de quilómetros (km) da Terra.
Tal como
o Sistema Solar, tem aproximadamente 5 mil milhões de anos e tudo indica estar
na meia-idade.
É uma
estrela de média dimensão.
Comparativamente
à Terra, o seu diâmetro é aproximadamente 109 vezes maior.
É
constituído por gás, na sua maioria hidrogénio ionizado.
O Sol
liberta um conjunto de radiação e partículas carregadas que são ejetadas e
propagam-se pelo Sistema Solar a que se dá o nome de vento solar.
A
gravidade existente origina, no seu núcleo, uma enorme pressão (milhares de
milhões de vezes a pressão atmosférica terrestre) e uma temperatura de 15
milhões de graus, o que lhe permite manter a reacção de fusão nuclear que, por
sua vez, liberta energia suficiente para impedir o seu colapso gravitacional. A
energia libertada corresponde à explosão de 100 mil milhões de toneladas de TNT
por segundo.
No
núcleo produz-se energia, a temperatura atinge 8 milhões de graus e baixa até
aos 7000 ºC na superfície.
Na
superfície do Sol (fotosfera) a radiação solar liberta-se para o espaço.
Encontramos,
na fotosfera, zonas escuras denominadas manchas solares.
Por cima
da fotosfera existe uma faixa avermelhada que é envolta pela coroa solar.
A coroa
só é visível durante um eclipse e atinge normalmente um milhão de graus.
O Sol
tem períodos de maior actividade, onde surgem manchas e erupções na fotosfera
com maior intensidade. Existe um ciclo de 11 anos.
As
erupções mais violentas libertam energia equivalente a milhões de bombas
nucleares e podem interferir com os satélites e perturbar as telecomunicações.
Os cometas
Um cometa
é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteróide, mas composto
principalmente por gelo.
No nosso
sistema solar, as órbitas dos cometas estendem-se para lá da órbita de Plutão.
Entre os
primitivos e silvícolas inspiravam superstições e temores, associados a anjos,
demónios ou entidades espirituais providas de poder sobre os povos.
A
constituição básica de um cometa aparentemente é um núcleo de dimensões
relativamente pequenas que em princípio mostra estar envolto por uma névoa
brilhante e uma coma, ou cabeleira, cuja forma é aparentemente esférica.
À medida
que se aproxima do Sol, o seu brilho vai aumentando progressivamente;
normalmente começa por aparecer uma cauda que pode chegar a alcançar até
centenas de milhares de quilómetros de extensão.
Os asteroides
Um
asteroide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de algumas
centenas de quilómetros apenas. É também chamado de planetóide. O termo "asteroide"
deriva do grego "astér", estrela, e "óide", sufixo que
denota semelhança.
Já foram
catalogados mais de 3 mil asteroides, sendo que diversos deles ainda não
possuem dados orbitais calculados; provavelmente existem ainda milhares de
outros asteroides a serem descobertos. Estima-se que mais de 400 mil possuam
diâmetro superior a 1 quilómetro.
Os
asteroides estão concentrados numa órbita cuja distância média do Sol é em
torno de 2,17 a 3,3 unidades astronómicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Esta região é conhecida como Cintura de Asteróides. No entanto, dentro desta
cintura há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas
Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração
gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.
Alguns
asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se
periodicamente dos planetas Terra, Vénus e, provavelmente, Mercúrio. Os que
podem chegar perto da Terra são chamados EGA (earth-grazers, ou earth-grazing
asteroids). Um deles é o famoso Eros, que se pode observar na figura ao lado.
Ceres
era considerado o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de
aproximadamente 1000km, mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado
um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma
irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.
Os satélites naturais
Um
satélite natural, lua ou planeta secundário é um astro que circula em torno de um
planeta principal, isto é, não orbita em torno de uma estrela. Por exemplo, a
Lua é um satélite da Terra.
Porém,
algumas luas são maiores que alguns planetas principais, como Ganímedes e Titã,
satélites de Júpiter e Saturno, respetivamente, que são maiores que Mercúrio.
Assim sendo estes satélites, se girassem em volta do Sol, seriam considerados
planetas principais. Apesar disso, existem outros satélites que são muito
menores e têm menos de 5 km de diâmetro, como várias luas do planeta Júpiter.
Os Planetas principais do Sistema Solar
O Sistema
Solar é constituido por oito planetas principais, são eles:
Mercúrio, Vénus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.
O
Sistema Solar é também constituido por cinco planetas anões:
Mercúrio
Mercúrio
é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este,
se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e
meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O
movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o
seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a
58,65 dias terrestres, dura exactamente dois terços do período orbital (o seu
"ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em
Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema
de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o
planeta sofreu um processo de contracção, provavelmente pelo efeito do gradual
arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação.
Vénus
A imagem
representa a paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no
passado Vénus sofreu uma intensa atividade vulcânica e pensa-se que ainda
poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava. Vénus, o segundo planeta do
sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da
Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita
que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o
seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias
terrestres, efetuando-se em sentido retrógrado, ao contrário dos outros
planetas rochosos do Sistema Solar.
A
superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica
90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500 ºC, devido ao efeito de
estufa. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio (azoto).
Terra
A Terra
é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em
diâmetro.
Entre os
planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes
quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A
atmosfera interage com os sistemas vivos.
A
ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na
forma como a reconhecemos.
Marte
Marte,
ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda
Viking Orbiter da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de
imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido
pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a
uma distância média de 228 milhões de quilómetros.
Sendo o
mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera
ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da
densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível
deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de
1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura. marcadamente
elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o
seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita
terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites
(Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Júpiter
O
planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue
anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo,
Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espetacular, inclusive para quem apenas
disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do
rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol
de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente
elíptica) completa.
O que
mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio
de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa
equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros
corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A
formação mais espetacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha
Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que
já dura há 300 anos.
Saturno
Até
1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado
por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações
realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas Voyager,
Saturno tornou-se uma atracção universal.
Depois
de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844
vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que
tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na
composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogénio
e o hélio.
Em
Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor
parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter.
Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas
nas latitudes altas.
Urano
O
primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista
desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média
do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à
volta do astro.
É um
planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano
orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas
terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo
Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano
gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto
condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.
Neptuno
A órbita
de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilómetros do Sol e
para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto
(em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O
planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média
igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma
separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que
se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1
bar.
A sua
atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena
percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha
procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a
meteorologia e a química do planeta.
Planetas Anões do Sistema Solar
O Sistema
Solar é constituido por vários planetas anões:
Makemake (formalmente designado em Julho de 2008, pela
União Astronómica Internacional).
Haumea (confirmado como planeta anão a partir de 18 de Setembro de 2008).
Plutão
Até
2006, Plutão foi considerado um planeta principal do Sistema Solar, mas a
descoberta recente de vários corpos de tamanho semelhante e, em alguns casos,
maiores, no Cinturão de Kuiper, fez com que a União Astronómica Internacional
(U.A.I.) decidisse, em 24 de Agosto de 2006, considerá-lo um planeta anão,
juntamente com Éris e Ceres, o maior dos asteróides. Plutão é agora visto como
o primeiro de uma categoria de objectos trans-neptunianos e foi-lhe atribuído o
número 1340340 no catálogo de planetas menores.
A
descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa
do sistema Plutão-Caronte, por meio da simples aplicação da fórmula newtoniana
da 3.ª lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente calculado, sendo
equivalente a menos de 0,2 do da Lua. As características físicas de Plutão são,
em grande parte, desconhecidas, porque ainda não recebeu a visita de uma nave
espacial e a distância a que se encontra da Terra dificulta investigações mais
detalhadas. Actualmente a sonda da NASA "New Horizons" (a mais veloz
até hoje construída pelo homem) dirige-se para Plutão, cuja atmosfera vai
investigar em 2015.
Éris
É
conhecido oficialmente como 136199 Eris, é um planeta anão nos confins
do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É
o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo
informalmente conhecido como o "décimo planeta", devido a poder ser
maior que o então planeta Plutão.
Éris tem
um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 Unidades
Astronómicas (UA) do Sol (uma UA equivale a cerca de 150 milhões de
quilómetros), em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e
leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância
de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno
fica por cerca de 30 UA).
Ceres
É um
planeta anão que se encontra na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter.
Tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço que se encontra
nessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço da massa total da
cintura de asteróides.
Apesar
de ser um corpo celeste relativamente próximo do nosso planeta, pouco se sabe
sobre Ceres.
A sua
classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi
considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes
semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado
como um asteróide por mais de 150 anos.
No
início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta
embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides
comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de
4 600 milhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta
anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família
Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu
próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de
"família Gefion de asteróides".
Haumea,
antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutoide, localizado
a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao
Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites
naturais, Hi`iaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram
de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características
pouco comuns, tais como a sua rápida rotação, elongação extrema e albedo
elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também,
tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento
destrutivo.
Apesar
de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que
se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa
havaiana do nascimento e fertilidade.
Makemake
Makemake
é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do
Cinturão de Kuiper. O seu diâmetro é de cerca de três-quartos do de Plutão.
Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores
do Cinturão. A sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de
etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 240 ºC negativos).
De
início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como
"coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de Março de
2005 por uma equipa chefiada por Michael Brown. O facto foi anunciado em 29 de
Julho de 2005. Posteriormente, a 11 de Junho de 2008, a União Astronómica
Internacional (UAI) incluiu-o na sua lista de candidatos potenciais ao status
de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Neptuno que
incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um
plutóide em Julho de 2008.
Makemake
recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da
ilha de Páscoa.
Referência: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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