domingo, 24 de junho de 2018

Política - Austrália proíbe reprodução comercial de cães e gatos (2o bimestre).




Austrália proíbe reprodução comercial de cães e gatos



Recentemente, noticiamos aqui, no The Greenest Post, que Belo Horizonte quer proibir a venda de animais em pet shops. Ao que parece, esta deve se tornar uma tendência internacional: a Austrália acabou de adotar a medida.
O estado de Victoria acaba de sancionar lei que proíbe a existência de “fábricas” de filhotes de animais domésticos – como cães e gatos. A medida começa a valer efetivamente em julho e, na prática, significará que além do fim da reprodução comercial também não existirá mais a venda de bichinhos em feiras, parques, sites, clínicas veterinárias ou em qualquer outro estabelecimento comercial.
A aprovação da lei foi inspirada em Oscar, um cachorrinho que foi vítima desta indústria. A ativista Debra Tranter resgatou o cão em péssimo estado físico e psicológico e, desde então, luta para conseguir sua guarda. Ela fundou o Oscar’s Law, uma organização sem fins lucrativos dedicada a abolir as fábricas de animais domésticos na Austrália.
“A proibição vai destruir este modelo de negócio e ajudar a acabar com a crueldade animal”, diz Debra no site da ONG. A ativista diz ter esperança que a lei seja implementada também no resto do país. A medida é a primeira do tipo na Austrália e prevê ainda a adoção responsável por meio de grupos de resgate e abrigos.


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Austrália proíbe a venda de produtos testados em animais


Entrou em vigor na Austrália uma lei que pretende banir até julho de 2017 a venda de qualquer produto que tenha sido testado em animais. A proibição inclui desde maquiagens até pastas de dente, e deve afetar gigantes como L’Oréal, Revlon e Estée Lauder.
Infelizmente, produtos que já estiverem à venda nos mercados não poderão ser retirados. A lei deve fiscalizar apenas os novos produtos, mas conforme prometido pelas autoridades, a fiscalização será extremamente rigorosa.
Ken Wyatt, Ministro Assistente da Saúde, disse que considera este um passo muito importante para o país. “Nós não precisamos mais testar cosméticos em animais e muitos países, incluindo a União Europeia, já proibiram o uso de ingredientes cosméticos testados em animais.”, disse.
Apesar da lei representar um grande avanço, ainda serão permitidos testes em animais para o desenvolvimento de medicamentos.
Enquanto não temos nenhum tipo de regulamentação como esta por aqui, você pode ficar atento e conferir, antes de ir às compras, esta lista que a PETA fez com marcas cruelty free.


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Publicado em 20 de jun de 2016 - Por Patricia Machado

O governo australiano aprovou recentemente uma lei que proíbe a venda de produtos testados em animais ou que tenham componentes advindos de testes realizados em animais. A decisão entre em vigor a partir de julho de 2017.

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“Nós não precisamos mais testar cosméticos em animais e muitos países, incluindo a União Europeia, já proibiram o uso de ingredientes cosméticos testados em animais.”, disse Ken Wyatt, Ministro Assistente da Saúde, ao Daily Mail.
No entanto, a nova norma não será capaz de retirar das prateleiras dos mercados os produtos que já estão à venda. A lei poderá apenas fiscalizar os novos produtos. De acordo com o jornal britânico, as marcas de beleza L’Oréal, Revlon e Estée Lauder estão entre as que devem ser mais afetadas pela nova legislação.


Austrália proíbe comércio de cosméticos testados em animais

A lei entrou em vigor em julho de 2017 e não afetou empresas que utilizam animais para testar medicamentos

Uma lei que irá proibir a venda de produtos que tenham usado animais para testes entrará em vigor na Austrália a partir de julho de 2017. Entre as proibições estão maquiagens, shampoos, cremes dentais e outros produtos de higiene e beleza. Essa medida irá afetar grandes marcas como L’Oréal, Estée Lauder e Revlon.
Os produtos que já estiverem nos supermercados ou outros estabelecimentos de venda não serão retirados, porém, haverá uma rigorosa fiscalização sobre os novos produtos afim de cumprir a lei.
“Nós não precisamos mais testar cosméticos em animais. Diversos países, incluindo a União Europeia, já proibiram o uso de ingredientes cosméticos testados em animais”, contou Ken Wyatt, Ministro Assistente da Saúde da Austrália ao Daily Mail.
No dia 3 de junho, o governo australiano anunciou uma política que proíbe a venda de qualquer cosmético que tenha sido testado em animais ou que tenham componentes advindos do teste nos bichos. A decisão quer banir o comércio dos produtos até julho de 2017.
No entanto, aqueles que já estiverem à venda nos mercados não poderão ser retirados. A lei deve fiscalizar apenas os novos produtos, mas conforme prometido pelas autoridades, a fiscalização será extremamente rigorosa. A proibição inclui desde maquiagens até pastas de dente, e deve afetar gigantes como L’Oréal, Revlon e Estée Lauder.
Ken Wyatt, Ministro Assistente da Saúde, considera este um passo muito importante para a Austrália. “Nós não precisamos mais testar cosméticos em animais, e muitos países, incluindo a União Europeia, já proibiram o uso de ingredientes cosméticos testados em animais”, disse.


Não vale para medicamentos

Apesar de a lei representar um grande avanço, ainda serão permitidos testes em animais para o desenvolvimento de medicamentos. "Nós reconhecemos a experimentação animal é essencial em certos contextos científicos, tais como o desenvolvimento droga medicinal, mas queremos ter certeza de que ele só é usado em circunstâncias eticamente justificáveis", justificou Wyatt.


No Brasil

No nosso território ainda há não uma regulamentação como a da Austrália. Mas, se você é contra os testes nos bichinhos, antes de ir às compras, pode conferir uma lista com as marcas que não fazem uso da medida.

 

Fonte:

Hypeness




Comentário: Eu concordo que esse tipo de comércio de animais não é bom, eu aprovo tudo que esta nesta campanha, os animais domésticos merecem ser tratados do jeito verdadeiramente honesto como nós. Campanhas que são feitas em homenagem aos seres que nos importamos ajuda a salva-lo em nosso mundo.






Ética e Cidadania - Acessibilidade para deficientes no Brasil (2o bimestre)




Acessibilidade para deficientes no Brasil


Acessibilidade e deficiência: qual a relação com as políticas públicas?


Todos são iguais perante a lei. Contra essa afirmação não há questionamentos, porém quando o Estado simplesmente não oferece condições de acessibilidade àqueles que precisam, instaura-se uma situação de vulnerabilidade. Este texto tem como objetivo empoderar o cidadão portador de deficiência para que este saiba quais são os seus direitos, e exigir a atuação do Estado de modo a provê-los. Dentre eles, é possível citar a garantia de uma vida digna e justa, por meio da facilitação e da adoção de medidas empoderadoras aos cidadãos portadores de deficiência para que estes não se sintam incapazes de realizar as suas atividades e, principalmente, para que façam parte das decisões de acessibilidade das comunidades, vez que serão diretamente impactados por estas.

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O que é deficiência?

A Organização Mundial de Saúde criou em, 1980, um sistema de classificação de deficiências de modo a desenvolver  uma linguagem comum para a pesquisa e para a prática clínica. Assim, segundo a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID), deficiência é: “qualquer perda ou anormalidade relacionada à estrutura ou à função psicológica, fisiológica ou anatômica”. Trata-se da exteriorização de um sintoma.
É  necessário pontuar que a compreensão sobre o tema vem se atualizando. Existem várias compreensões atuais sobre o real significado da condição de deficiente. Dentre elas, há a teoria que prega que não se trata de uma doença, mas sim  entende-se a deficiência como uma condição na qual há a falta de estrutura, bens ou de serviços, capazes de garantir o bem estar do indivíduo. Ou seja, uma de suas classificações agora é feita a partir da falta de recursos disponíveis na comunidade em que o indivíduo está inserido e não na sua condição em si.
Essa visão foi capaz de contribuir com a teoria de modelo social de deficiência elaborado por Paul Hunt, a qual tem como premissa a compreensão da deficiência como algo social e não biológico como muitos propunham. Assim, esse modelo foi capaz de subsidiar a luta da inclusão das pessoas com deficiência para que estas pudessem de fato fazer parte da vida social das comunidades, vez que essas eram muitas vezes oprimidas e rejeitadas por sua condição. Foi compreendido, então, que o conceito estava intimamente atrelado à uma construção social, e não à uma deficiência biológica, o que revolucionou a visão sobre o assunto.


Quantas pessoas têm deficiência?

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população possui algum tipo de deficiência. No Brasil, cerca de 45.606.048 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o equivalente a 23,9% da população geral, , segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essa deficiência pode ser visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Ainda segundo o censo do IBGE de 2010, a deficiência mais recorrente no Brasil é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), seguida da auditiva (5,10%), e, por fim, da deficiência mental (1,40%).


Fonte: 

Site Politize


Comentário:

Eu também concordo que todos devam ter os mesmos direitos que necessitam, tanto os que não são deficientes quanto os próprios deficientes. O respeito aos deficientes  representa uns dos grandes valores para nossa sociedade, não importa se em certo lugares tem ou não prioridade para pessoas que tem deficiência, essa lei é totalmente clara, as pessoas deficientes precisam sempre ter prioridade para tudo.

Te contei - Abelha africanizada (2o bimestre).




Abelha africanizada

A abelha africanizada ou abelha do mel africanizado, também conhecida coloquialmente como "abelha assassina", é uma híbrida de espécies ocidentais de abelha (Apis mellifera) com abelhas africanas (A. m. Scutellata). São produzidas originalmente por cruzamento da abelha africana, com abelhas europeias, como a abelha italiana (A. m. Ligustica) e a abelha ibérica (A. m. Iberiensis).
A abelha africanizada foi criada e introduzida pela primeira vez no Brasil na década de 1950, em um esforço para aumentar a produção de mel, mas em 1957, 26 enxames escaparam acidentalmente da quarentena. Desde então, a nova espécie híbrida se espalhou por toda a América do Sul e chegou à América do Norte em 1985. Várias colmeias da espécie foram encontradas no sul do estado americano do Texas em 1990.[1]
As abelhas africanizadas geralmente são muito mais defensivas que as outras espécies de abelha e reagem a pertubações muito mais rapidamente do que as abelhas ocidentais. Elas podem perseguir uma pessoa a mais de 400 metros, e já mataram cerca de 1000 pessoas, as vitimas geralmente recebem dez vezes mais picadas que nos ataques de abelhas europeias.[2] Elas também já foram responsáveis por matarem cavalos e outros animais.

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História

Existem 28 subespécies reconhecidas de Apis mellifera com variações em grande parte por bases geográficas. Todas as subespécies são férteis. O isolamento geográfico levou a inúmeras adaptações locais, essas adaptações incluem ciclos de ninhada sincronizados com o período de floração da flora local, formação de aglomerados de inverno em climas mais frios, migração do enxame (na África), comportamento diferenciado em áreas desérticas e inúmeros outros traços hereditários.
As abelhas africanizadas do hemisfério ocidental são descendentes de colmeias operadas pelo biólogo e geneticista brasileiro Warwick Estevam Kerr, que tinha intercorrido a abelhas da Europa e da África Austral. Kerr estava tentando criar uma cepa de abelhas que produziria mais mel e que melhor se adaptava às condições tropicais (ou seja, mais produtiva) do que a cepa europeia de abelha, atualmente em uso em toda a América do Norte, Central e do Sul. As colmeias que continham a subespécie africana em particular, estavam alojadas em quarentena num apiário perto da cidade de Rio Claro no estado de São Paulo, região sudeste do Brasil e possuíam um alto nível de segurança. Essas colmeias haviam sido equipadas com telas de proteção especiais, para evitar que abelhas e zangões maiores saíssem e acasalassem com a população local de abelhas europeias. De acordo com Kerr, em outubro de 1957, um apicultor visitante que não tinha sido informado, notou que as telas de proteção especiais estavam interferindo nos movimentos das abelhas, e então ele as removeu, o que acabou resultando na liberação acidental de 26 enxames de abelha africana. Após essa liberação acidental, os enxames africanos se espalharam e cruzaram com as colônias europeias locais, e seus descendentes (híbridos das abelhas europeias e africanas), se espalharam pela América. Como seu movimento através da América do Sul e Central foi rápido e em grande parte não observado pelos humanos, as abelhas africanizadas ganharam a reputação de ser uma espécie biologicamente invasiva e a mais bem sucedida de todos os tempos.
As primeiras abelhas africanizadas nos Estados Unidos foram descobertas em 1985 em um campo de petróleo, no Vale de San Joaquin na Califórnia. Os especialistas em abelhas teorizaram que as colônias chegaram escondidas em uma carga de tubos de perfuração de petróleo, enviada da América do Sul.[4] As primeiras colônias permanentes chegaram ao Texas, do México, em 1990. Na região de Tucson, no Arizona, um estudo de enxames em 1994 descobriu que apenas 15% das abelhas haviam sido africanizadas, este número cresceu para 90% em 1997.[5]
Embora as abelhas africanizadas exibam certos traços comportamentais que as tornam menos desejáveis para a apicultura comercial, elas se tornaram o tipo dominante de abelhas para a apicultura na América Central e do Sul, devido ao seu domínio genético, bem como sua capacidade de superar a sua contraparte européia. Alguns apicultores afirmam que elas são produtoras de mel e polinizadores superiores

As principais diferenças entre os tipos africanizados e outros tipos de abelhas ocidentais são:

  • Tendem a criar enxames com mais frequência e vão mais longe do que outros tipos de abelha.
  • É mais provável que migrem como parte de uma resposta sazonal para não reduzirem o suprimento de alimento.
  • É mais provável que "fechem" toda a colônia e deixem a colmeia em resposta ao estresse.
  • Possuem maior defensividade quando a colonia está em repouso que com outros tipos de abelha.
  • Vive mais frequentemente em cavidades terrestres que os tipos europeus de abelha.
  • Guardam e protegem a colmeia de forma mais agressiva, com uma zona de alarme maior que outras abelhas.
  • Possuem uma maior proporção de abelhas "guarda" dentro da colmeia.
  • Desdobram em maior número de defesa e buscam ameaças em distâncias muito mais longas da colmeia que outros tipos de abelha.
  • Não podem sobreviver a períodos prolongados sem uma forragem, impedindo a sua introdução em áreas com invernos severos ou verões finais extremamente secos.

Manejo

Atualmente muitos apicultores preferem as abelhas africanas por serem consideradas mais resistentes às pragas, pois sua morfologia dificultaria a fixação da praga da varroa por exemplo. Alguns estudos apontam para a resistência das africanas a certas doenças mas não são conclusivos, e não está comprovado que esta resistência justifique a agressividade do plantel. Em termos de produção de mel industrial, a abelha africana produz bem menos mel do que a abelha europeia. A abelha africanizada híbrida tem as características das duas.
As africanizadas são indicadas para a produção de mel e própolis, por serem mais propolizadoras: o que antes era visto como desvantagem passou a interessar, pelo aumento do mercado da própolis. Porém, as melhores produtoras de própolis ainda são as abelhas caucasianas, que têm melhor desempenho na coleta de matéria prima de muito melhor qualidade.
A abelha africana ou africanizada em si não impede os trabalhos apícolas, mas os coloca em um patamar de manejo mais difícil e proibitivo para o pequeno investidor ou para aquele que não dispõe de mão de obra especializada. A apicultura com africanas, dada a agressividade dessas abelhas, não pode subsistir como atividade não profissional, pois os riscos e dificuldades de manejo são incompatíveis com a apicultura de lazer.
Alguns argumentam que todas as espécies de abelhas - africanas, africanizadas ou europeias - são igualmente afetadas pelas mesmas enfermidades, e que, quando os estudos e observações de pesquisadores afirmam resistência das africanas o fazem porque, em geral, observam apenas a existência (ou não) de atividade nas colmeias, pois não é possível fazer uma inspeção minuciosa em todo o apiário. Quando o apicultor de europeias relata um caso de alguma doença nas abelhas, é porque ele pode vistoriar minuciosamente a totalidade de suas colônias e antecipar os tratamentos. Alguns apicultores mantêm suas abelhas "europeizadas", já que a relação custo-beneficio é compensadora, principalmente pela mansidão das mesmas.[6]
Outros, consideram que a abelha africanizada se adapta melhor ao ambiente tropical do que a europeia, além de ser relativamente resistente a pragas e doenças.[7] Atualmente, qualquer rainha europeia importada, já fecundada por zangões europeus, virá a ser substituída por uma de suas filhas, que, em 90% dos casos, será fecundada por zangões africanizados.


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Alarmismo

Nos anos 1970 houve um alarmismo diante da proliferação das abelhas africanizadas. As africanizadas ficaram conhecidas como "abelhas assassinas" e protagonizaram filmes sensacionalistas de Hollywood. Até hoje o termo killer-bee é usado neste sentido.
O alarmismo tem sua razão de ser, pela agressividade apresentada pelas abelhas-africanas puras, e mesmo os seus cruzamentos, hoje rotulados de africanizados, também apresentam certo grau de agressividade, o que reduz drasticamente as capacidades humanas nas tarefas de manejo, exigindo mão de obra especializada e equipamento de segurança individual. Todo apiário composto por raças de abelhas africanas ou africanizadas deve ter suas instalações sinalizadas e afastadas de qualquer residência, bem como de transeuntes, estradas ou alojamentos de animais.

Referências:


  «Killer Bees». Smithsonian. Smithsonian. Consultado em 3 de setembro de 2016.
    «Archived copy». Consultado em 17 de maio de 2016.. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2016
    «Archived copy». Consultado em 17 de maio de 2016.. Cópia arquivada em 10 de junho de 2016 «Archived copy». Consultado em 17 de maio de 2016.. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2016
    LePage, Andrew (10 de maio de 1989). «San Diego Officials Setting Traps for Expected Arrival of 'Killer Bees'». Los Angeles Times
    Sanford, Malcolm T. (2006). «The Africanized Honey Bee in the Americas: A Biological Revolution with Human Cultural Implications». American Bee Journal
    Suspected African Honeybee Colonies in Florida Tested for Identifying DNA Markers, por H. Glenn Hall. The Florida Entomologist, vol. 75, n° 2, junho de 1992, pp. 257-266. Florida Entomological Society.
  Embrapa Meio-Norte Sistema de Produção, 3 ISSN 1678-8818 Versão Eletrônica Jul/2003

Ligações externas

Abelhas Africanizadas - UFV
Embrapa Meio-Norte Sistema de Produção, 3 ISSN 1678-8818 Versão Eletrônica Jul/2003
Criadero Apícola Los Alamos (página em espanhol)

Fonte:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Comentário:

Eu concordo que essa espécie de abelha é difato um da mais perigosas do mundo, eu ouvi dizer que há uma espécie de abelha africana que é praticamente 99% mais feroz que os leão da África. Quem diria que no caso da africanizada, ela seria uma espécie híbrida. Para usa-las para espantar  pragas é uma tática bastante letal, difícil, e perigosa “em massa crítica”. Mesmo hoje em dia é bastante difícil de encontrar espécies híbridas. Os ataques dessas abelhas de lá da África nunca param de acontecer até hoje.

Educação - A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR (2o bimestre).




A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular, com o objetivo de analisar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, observando sistematicamente o interesse e o comportamento dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes das suas necessidades educacionais especiais no cotidiano da sala de aula. A pesquisa pautou-se em estudos de referenciais teóricos e em um estudo de caso em uma Unidade Escolar de ensino regular que proporcionou uma análise entre a teoria e a prática no cotidiano escolar, numa sala de aula, onde o professor tem que atender a diversidade, tanto em relação às dificuldades de aprendizagem, como também a diversidade comportamental. Dessa forma, analisou-se que a escola está cumprindo seu papel com estratégias que permitam a integração dos alunos de forma mais autônoma, porém ainda há mudanças necessárias para a emancipação dos alunos com necessidades especiais, principalmente com a participação da família, objetivando uma escola de qualidade para todos.


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Palavras-Chaves: Educação Inclusiva. Alunos. Aprendizagem. Equidade.

1 Introdução

O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir.
Segundo as políticas educacionais, descreve-se uma escola que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa sala de aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter excludente, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Este novo olhar da escola implica na busca de alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Assim, o que se deseja é a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com as minorias, cujo grupo inclui os portadores de necessidades educacionais especiais. O espaço escolar, hoje, tem de ser visto como espaço de todos e para todos.
Este tema foi escolhido porque muito se falam, discutem sobre a educação inclusiva; e a Proposta de Educação Inclusiva (1996) recomenda que todos os indivíduos com necessidades especiais sejam matriculados em turma regular, baseando-se no princípio de educação para todos.
Dessa forma, pretendeu-se enfatizar a educação inclusiva, e a problemática sobre os alunos com necessidades especiais dentro do contexto social da escola, verificando a atual realidade, fazendo um paralelo entre a teoria e a prática, isto é, a legislação vigente, os referenciais teóricos e o cotidiano dos alunos inclusos no ensino regular.
Para a elaboração do trabalho segundo os objetivos, o delineamento metodológico teve como suporte a utilização de uma bibliografia diversificada sobre o assunto, e por uma parte prática através da pesquisa de campo  realizada junto a uma Unidade Escolar de Ensino Regular, sendo que a população analisada foram alunos de inclusão do 6º ano do Ensino Fundamental, Ciclo II com características semelhantes.
Todas as informações foram analisadas com o objetivo de verificar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino.

2 Desenvolvimento

2.1 Uma escola inclusiva de qualidade

A escola inclusiva com equidade é um desafio que implica e rever alguns aspectos, que envolvem desde o setor administrativo até o pedagógico. As Unidades Escolares de Ensino Regular devem oferecer vagas e matricular todos os alunos, organizando-se para o atendimento com equidade aos educandos com necessidades educacionais especiais e assegurar-lhes condições necessárias para a permanência e aprendizagem.

Em relação à educação especial, o artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que:

Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1)
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcionários, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam de atender os alunos com necessidades especiais.
O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica. De acordo com o artigo 4º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, a educação especial considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pauta em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:

 I - a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social; II - a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;  III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus direitos (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1)

Assim, o trabalho com a educação inclusiva nas Unidades Escolares tem que ser direcionado a partir do seu contexto real, analisando as condições em que a escola recebe os alunos com necessidades especiais e como assegura aprendizagem, possibilitando a integração entre educação regular e especial.
Nas escolas inclusivas as pessoas se apóiam mutuamente e suas necessidades específicas são atendidas por seus pares, sejam colegas de classe, de escola ou profissionais de áreas. A pretensão dessas escolas é a superação de todos os obstáculos que as Impedem de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade (MADER,1997)
Conforme Mader (1997), é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade na prática de educação inclusiva.
Há um emergente consenso de que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência e desvantagens severas (SALAMANCA, 1994, p.6) 
Mantoan (2003), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, ou seja, consideram-se que o ato de educar supõe intenções, representações que temos do papel da escola, do professor, do aluno, conforme os paradigmas que os sustentam. A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. Possa também ser entendida, segundo uma concepção moderna, como um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios que são partilhados em um grupo em um dado momento histórico e que norteiam o nosso comportamento, até estarem em crise, porque não nos satisfazem mais, não nos dão mais conta dos problemas que temos para solucionar.
Ainda nos dias atuais a inclusão é vista como um desafio, causando angústias e expectativas em grande parte dos profissionais da educação. Porém, mais amenas que em tempos passados, pelo fato de que, ao ser devidamente aceita pela escola, desencadeia um compromisso com as práticas pedagógicas que favorecem todos os alunos, ou seja, uma verdadeira mudança na concepção de ensino, visando uma aprendizagem significativa, inclusiva e de qualidade.
Não há mais sentido em preservar modelos de ensino tradicional, desrespeitar as diferenças, mantendo uma escola excludente. O artigo 208 Constituição Federal, § 1º reza que “O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo”. Ainda no artigo 208 descreve que o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, deve ser preferencialmente na rede regular de ensino.
E já no século XXI, a escola que se tem, que se precisa é aquele que tem compromisso com a formação integral do cidadão, de um cidadão crítico, participativo e criativo, que atenda as demandas e a competitividade do mundo atual, com as rápidas e complexas mudanças da sociedade moderna. Assim, a educação escolar no exercício da cidadania implica na efetiva participação da pessoa na vida social, cabendo-lhe o respeito e a solidariedade, poupada a sua dignidade, a igualdade de direitos e repelido quaisquer forma de discriminação.

Mantoan (2003), acreditando no desenvolvimento dos alunos com necessidades educacionais especiais, aponta algumas estratégias que ajudam no trabalho do corpo docente, como na aprendizagem dos alunos;

- Colocando como eixo das escolas que toda criança é capaz de aprender;

- Garantido tempo e condições para que todos possam aprender de acordo com as possibilidades de cada um;

- Abrindo espaço para que a cooperação, o dialogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados por alunos, professores, gestores e funcionários da escola;

- Estimulando, formando continuamente e valorizando o professor, que é o responsável pela aprendizagem dos alunos.

- Substituindo o caráter classificatório de avaliação escolar, através de notas e provas, por um processo que deverá ser contínuo e formativo de todo o processo de ensino e aprendizagem.

A inclusão, portanto, implica em práticas pedagógicas inovadoras visando o sucesso de aprendizagem de todos os alunos.

2.2 Importância dos valores, princípios e atitudes

Segundo Sassaki (1997), a igualdade entre as pessoas é o valor fundamental quando tratamos de escolas para todos. Podemos encará-los de vários ângulos, mas em todo o sentido da igualdade não se esgota no indivíduo, expandindo as considerações para aspectos da natureza política, social, econômica.
Para Delours (1998), a igualdade não está em desacordo com o respeito às diferenças entre as pessoas, mas sim na valorização na capacidade de cada ser humano em suas realizações. Assim quando se trata de proporcionar oportunidades iguais e justas para todos, tem-se muito ainda por fazer nas escolas para corresponder ao princípio segundo o qual os seres humanos têm direito à dignidade, sejam quais forem as suas capacidades ou realizações. A observância deste princípio é limitada por predisposições que nos levam a responder situações ou a outras pessoas de modo desfavorável, tendo em vista um dado valor. No caso da igualdade entre pessoas, as barreiras se materializam na recusa em reconhecer e defender este valor, por meio de comportamentos, reações, emoções e palavras.
Para Delours (1998), a existência dessas barreiras comprova a cultura de desigualdade marcante nas escolas, influenciando todos os procedimentos e discursos de seus membros, chegando mesmo ao atingir os alunos e os pais. Em uma palavra, a igualdade entre as pessoas é um valor esquecido nos padrões e concepções da escola tradicional.
Segundo Machado (2001) ainda existem  diretores, professores e pais que apresentam uma certa “ignorância” em aceitar que o perfil dos alunos mudou que as crianças e adolescentes de hoje não são mais os mesmos que tiveram acesso à escola do passado. O preconceito é destacado quando se trata do aluno com dificuldades para aprender por ser ou por estar deficiente, do ponto de vista intelectual, social, afetivo, emocional, físico, cultural e outros. Existem também preconceitos de alunos de raça negra, de famílias de religiões populares, filhos de famílias desestruturadas, de mães solteiras e pais omissos, drogados e marginalizados.
Nesse sentido, ressalta-se que apesar da escola não ser capaz de sozinha efetuar transformações sociais, é ela quem pode estabelecer os primeiros princípios de uma inclusão escolar. Portanto, a escola como espaço inclusivo, deve considerar como seu principal desafio, o sucesso de todos os alunos, sem nenhuma exceção.

2.3 A importância da família no processo educacional

O envolvimento da família no processo educacional da criança é uma necessidade e de muita importância. A família deve ser orientada e motivada a colaborar e participar do programa educacional, promovendo desta forma uma interação maior com a criança. Também é fundamental que a família incentive a pratica de tudo que a criança assimila.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate à intolerância e às barreiras atitudinais, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento infantil (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16)
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura. Assim, a qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao desenvolvimento e a aprendizagem de crianças com necessidades educacionais especiais
Os pais e familiares de crianças com necessidades educacionais especiais necessitam de informações sobre a natureza e extensão da excepcionalidade; quanto aos recursos e serviços existentes para a assistência, tratamento e educação, e quanto ao futuro que se reserva ao portador de necessidades especiais.
O objetivo principal é ajudar pessoas a lidar mais adequadamente com os problemas decorrentes das deficiências, e no aconselhamento alguns pontos são importantes: ouvir as dúvidas e questionamentos, utilizar termos mais fáceis e que facilitem a compreensão, promover maior aceitação do problema, aconselhar a família inteira, trabalhar os sentimentos e atitudes, e facilitar a interação social do portador de necessidades especiais. A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. (BRASIL, 1998, p. 24)
A superproteção dos pais em relação à criança pode influenciar de forma negativa no processo de desenvolvimento da criança, e normalmente, estes concentram suas atenções nas deficiências da criança de modo que os fracassos recebem mais atenção que os sucessos e a criança fica limitada nas possibilidades que promovem a sua independência e a interação social.
As habilidades de autonomia pessoal e social proporcionam melhor qualidade de vida, pois favorecem a relação, a independência, interação, satisfação pessoal e atitudes positivas. Alunos com necessidades educacionais especiais devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades escolares regulares (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16)

2.4 Estudo de caso com alunos com necessidades especiais no ensino regular

2.1.1 Metodologia

Para a elaboração da pesquisa, segundo os objetivos, o delineamento metodológico teve como suporte a utilização de uma bibliografia diversificada sobre o assunto, e por uma parte prática, que foi realizada em uma Unidade Escolar Pública de Ensino Regular, com crianças com necessidades especiais matriculas e frequentando o 6º ano do Ensino Fundamental – Ciclo II.
Definir a metodologia significa realizar uma escolha de como se pretende investigar a realidade, baseando-se num problema ou numa oportunidade real de uma situação.
Segundo Pádua (1996, p. 33) a pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, textos legais, mapas, fotos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, servirão à fundamentação teórica do estudo.
Após a pesquisa bibliográfica partiu-se para a parte prática através do estudo de caso, que foi realizado em uma Unidade Escolar Pública de Ensino Regular, sendo que a população analisada foram três alunos de inclusão do 6º ano do Ensino Fundamental – Ciclo II, com necessidades especiais e características semelhantes, atendidos na referida instituição. Esses alunos foram recebidos de uma escola municipal da cidade que encaminhou as fichas individuais para a atual escola, o que facilitou as observações, análises e acompanhamento pedagógico pela equipe escolar da atual Unidade.
O estudo de caso é o estudo de um caso, seja ele simples e específico, ou complexo  e  abstrato. O estudo de caso, quando qualitativo, se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada (LUDKE; ANDRÉ, 1986, p.18).
Para o desenvolvimento deste trabalho, na parte referente ao estudo de caso, primeiramente ocorreu uma visita à Instituição de Ensino para uma conversa com a Diretora e Professores da Escola, para conhecer a clientela e as queixas sobre os problemas de aprendizagem dos alunos.

2.4.2  Estudo de Caso

Inicialmente a escola apresentou as fichas individuais dos alunos de inclusão, alvo dessa pesquisa que apresentam dificuldades de socialização ou adaptação em relação à sala de aula regular, e isso vem acarretando dificuldades na aprendizagem e comportamento inadequado por parte dos três alunos de inclusão que frequentam a o 6º ano do Ensino Fundamental, Ciclo II.
Partindo da queixa apresentada pela escola, começamos a ter contato com a sala de aula e diálogo com a professora sobre as dificuldades que enfrentava na sala de aula. Observando a sala de aula do 6º anos do Ensino Fundamental, Ciclo II e os alunos dessa sala, analisamos que os alunos apresentam dificuldades de atenção e concentração, dificuldades de leitura e escrita, problemas de comportamento e até de agressividade.
A partir daí, o estudo de caso procedeu-se envolvendo a observação de fatos referente à queixa apresentada pela escola em relação às dificuldades de socialização e interação dos alunos em estudo com os demais colegas da sala, negação em participar das aulas e agressividade em relação aos colegas da sala.
Considerando a queixa da professora da sala e as informações sobre as dificuldades de socialização e participação nas atividades, iniciou-se a coleta de dados referentes ao comportamento dos alunos, dificuldades de aprendizagem e atitudes que geram agressividade por parte desses  alunos.
Através da observação dos três alunos na sala de aula, foi possível analisar que os mesmos são inquietos, dispersos e não demonstram interesse pelas atividades. Isso vem acarretando problemas que geram indisciplina, afetando o bom andamento das atividades e consequentemente o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
De modo geral, a maioria das crianças dessa sala apresenta algum problema sócio-afetivo. Pode-se constatar também um desconhecimento e negação pelas necessidades especiais desses alunos por parte de alguns colegas da sala, que acabam se afastando e rotulando esses alunos em estudo.
Diante da situação os alunos de inclusão ficam a maior parte do tempo sem participar das atividades. Apenas observando, como se não fizessem parte do ambiente, tornando-se irritados, agressivos e se negando em permanecer na sala de aula. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece o direito à educação para todos, e a Constituição Federal em seu art. 206 destaca os princípios eminentemente democráticos, cujo sentido é nortear a educação, com igualdade de condições não só para o acesso, mas também, para a permanência na escola e a liberdade de aprender e ensinar. De acordo com a legislação todos têm direitos de educação de qualidade, porém os alunos de inclusão, ao invés de se sentirem iguais, estão se isolando pela falta de integração educacional, afetiva e social com os  demais alunos.
O que vem acontecendo com esses alunos é totalmente contrário ao que diz Sassaki (1997), pois para o autor uma educação comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não-excludente deve promover o convívio com a diversidade, pois ela é uma característica da vida social brasileira; e para isso a escola deve ser inclusiva, tendo como meta uma educação comprometida com todos os cidadãos, almejando o fortalecimento de uma sociedade democrática, justa e solidária.
Baseado em teorias e legislações referentes aos assuntos relacionados à inclusão, começamos a observar a prática docente e o acolhimento por parte da escola. Notamos que a professora preocupa-se muito com o conteúdo programado, conteúdo esse que não atende todas as diversidades e necessidades dos alunos, desconsiderando a interação entre os alunos, principalmente para os alunos de inclusão. O ambiente escolar que deve ser acolhedor, que deve ser um espaço inclusivo, acaba se tornando um espaço de diferenças.
Continuando as observações e análises sobre o estudo de caso realizado no 6º ano do Ensino Fundamental, com os três alunos de inclusão, verificou-se que prevalece a dificuldade de socialização na sala de aula, e que os alunos necessitam de uma interação grupal, detectada durante as aulas, pois os alunos, muitas vezes se comportam como adversários, havendo pouca cooperação e companheirismo.
Outro fator observado durante a pesquisa é a falta de atenção e a baixa auto-estima dos alunos, que influenciam no desenvolvimento da aprendizagem dos mesmos.
No campo afetivo, é necessário ajudar as crianças a criar sentimentos positivos, em relação a si mesma, fazendo com que ela se sintam valiosas e seguras. Dessa forma o êxito escolar estará garantido.
No campo cognitivo, recomenda-se enriquecer e ampliar o vocabulário da criança. A ênfase no aprendizado de novas palavras tem como objetivo possibilitar a obtenção de melhores resultados na escola e também ajudar a criança a ordenar o pensamento em função do mundo em que vive e fazê-la sentir-se capaz, aceita e valiosa.
Além da expressão oral e da ordenação do pensamento infantil há o desenvolvimento do raciocínio lógico - matemático, da psicomotricidade, e do aspecto sócio-emocional contribuindo adequadamente para que esse "sujeito" (a criança), seja ajudado na sua totalidade, onde todas as partes do desenvolvimento são atendidas adequadamente.
Acreditando nesta interelação, não podemos tratar isoladamente cada parte deste processo do crescimento infantil, pois o cognitivo depende do afetivo, que influi no psicológico, que está relacionado ao psicomotor, ao físico, ao emocional. Portanto é fundamental que haja preocupação com todos os aspectos do desenvolvimento infantil, pois todos são igualmente importantes, e se processam simultaneamente.
Tendo em vista que o professor, o coordenador pedagógico também tem a função de ajudar a criança a reintegrar-se à vida escolar normal, torna-se necessário uma investigação cuidadosa, com o objetivo de levantar hipóteses aos desvios de comportamento e dificuldades na aprendizagem.
Há necessidade de maior interação entre o grupo, poucos se  dispõem a ajudar os colegas. Nessa relação prevalece a comunicação oral, facial e gestual, sendo que na relação aluno x aluno, fica mais evidente a falta de entrosamento e solidariedade, o que não é  satisfatório para que aconteça a verdadeira inclusão dos alunos.
De acordo com os dados coletados percebemos que na área pedagógica é preciso repensar a prática docente, com estratégias diferenciadas para a realização das atividades.
Na área cultural, constatou-se na sala de aula uma barreira entre os alunos de inclusão com os demais alunos da sala, não socialização, e um distanciamento entre os mesmos, que são agrupados de acordo com suas qualificações e dificuldades.
Na área afetivo-social percebemos características semelhantes como a pouca comunicação, baixa auto-estima, sentimento de desqualificação, isolamento e até a necessidade de mais envolvimento da família.
Para analisar as dificuldades de aprendizagem em relação à leitura, escrita e cálculos foram aplicadas atividades escritas e através de jogos, em que pudemos observar que os jogos e materiais concretos estimulam mais os alunos, despertando o interesse e a participação.
Os alunos quando motivados a aprender em ritmos de cooperação retribuem este ato com os amigos e todos se envolvem em um processo de aprendizagem. Durante essas atividades, observamos que há mais aproximação entre os alunos de forma cooperativa, porém esse trabalho só terá resultados plenamente satisfatórios de médio a longo prazo, até que os alunos sintam-se realmente integrados uns com os outros.

3 Considerações finais

Através da realização do trabalho que se pautou em pesquisa bibliográfica e estudo de caso, foi possível alcançar os objetivos propostos de analisar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem de alunos com necessidades especiais, observando sistematicamente o interesse e o comportamento dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes das suas necessidades educacionais especiais. Através das observações também realizamos uma análise sobre o cotidiano da escola, verificando até que ponto a escola está realmente sendo um espaço inclusivo.
A legislação e os textos pesquisados para a elaboração desse trabalho sobre educação inclusiva deixam bem claro que renovação pedagógica exige, em primeiro lugar, que a sociedade e a escola adaptem-se ao aluno com necessidades especiais, e não o contrário. Em segundo, que o professor, que é considerado o agente determinante da transformação da escola, deve ser preparado adequadamente para gerenciar o acesso às informações e conhecimentos por parte dos alunos.
Percebemos que nem todos os professores estão preparados para a educação inclusiva, e isso pode ocasiona resistências de alguns às inovações educacionais, como a inclusão, ao considerarem que a proposta de uma educação para todos é válida, porém impossível de ser concretizada, levando em conta o número de alunos e as circunstâncias em que se trabalha nas escolas da rede pública de ensino. Demonstra-se, mais do que nunca, que os professores devem capacitar-se, acreditar e, principalmente, aceitar a inclusão, tornando, assim, a sua sala de aula um ambiente propício à construção do conhecimento, tanto do aluno com necessidades especiais, quanto dos demais.
Portanto, a escola como espaço inclusivo deve considerar como seu principal desafio, o sucesso de todos os alunos, sem nenhuma exceção.


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4 Referências bibliográficas

ARRUDA, Marco Antônio; ALMEIDA  Mauro de.  Cartilha da inclusão escolar: Inclusão Baseada em Evidências Científicas. Rio Preto: ABDA, 2014.

BRASIL. Constituição Federal (1988). Rio de Janeiro: FAE,  1989.

________. Declaração de Salamanca. Brasília, DF: UNESCO,1994.

________.  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

________. Os direitos das pessoas portadoras de deficiência. Brasília, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, 1996. 

_________. Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 1996, p. 58.

_________. RESOLUÇÃO Nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2001.

BRASIL. Ministério Público Federal. Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classe comum da rede regular. 2ª ed. Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, 2004.

DELORS, Jaques (0rg) Educação um tesouro a descobrir – relatório para a comissão internacional sobre educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998.

LUCKE, M. ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MADER, Gabrielle. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo paradigma. São Paulo, Memnon, 1997.

MACHADO, Nilson José. Pensando e fazendo educação de qualidade. São Paulo: Moderna, 2001.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

PÁDUA, E. M. M. Metodologia de pesquisa: abordagem teórica prática. Campinas: Papirus, 1996.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

UNESCO – Organização das nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura / Ministério da Educação e Ciência da Espanha / Coordenadoria nacional para Integração da pessoa portadora de deficiência. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, 1994.

Fonte:

UNESP, WILEY ONLINE LIBRARY.

Comentário:

Os alunos com necessidades especiais  costumam ter grandes dificuldades de estarem em escolas apropriadas para os seus tipos. Nessa inclusão, aos reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais tinham tido muitos problemas para essas pessoas. Eu já ouvi dizer que as vezes não se pode mudar as pessoas, tanto as pessoas que são do tipo comuns{normais} quanto as que tem necessidades especiais. No caso da valorização das diferenças, o desrespeito às pessoas com necessidades especiais anda sendo um dos principais problemas, tanto nas escolas quanto em suas próprias casas, nas ruas, nos parques, entre outros lugares incluindo nos que são mais públicos. No meu caso eu até posso ser um autista do 8 ano e que meio que eu sou um exemplo de um aluno com necessidades especiais, eu também tenho muitas dificuldades não apenas no aprendizado, mas também tenho muitas dificuldades na sociedade, e nas amizades. Na minha opinião: acredito que essa inclusão é essencial para o aprendizado do alunos com necessidades especiais no ensino regular e para as gerações futuras.