Política
Política dos governadores
A Política dos Governadores ou Política dos Estados foi um acordo
durante os primeiros anos da República Velha (1889-1930), em que
o Governo Federal apoiava os governos estaduais sem restrições e, em
troca, eles faziam uso de seus coroneis ("coronelismo") e elegiam
bancadas pró-Governo Federal para a quinta assembleia legislativa, de
forma que nem o governo federal, nem os governos estaduais, enfrentassem
qualquer tipo de oposição. Campos Sales propôs o nome "Política dos
Estados", dizendo que "o que pensam os Estados, pensa a União".
O Presidente da República apoiava os
atos dos presidentes estaduais como a escolha dos sucessores desses presidentes
de estados, e, em troca, os governadores davam apoio e suporte político ao
governo federal, colaborando com a eleição de candidatos, para o
segundo Senado Federal e para a terceira Câmara dos Deputados,
que dessem total apoio ao Presidente da República. Assim as bancadas dos
estados no Senado Federal e na Câmara dos Deputados não ofereciam obstáculos ao
presidente da república, o qual conduzia livremente seu governo. Os presidentes
da república seriam sempre ex-presidentes de estado, o que garantia que teriam
grande experiência administrativa.
Com o fim do primeiro período
republicano, sob o domínio dos militares, e superadas as crises de transição do
governo Prudente de Morais, chegara o momento de institucionalizar as
relações entre poder central e governos estaduais. Até então, o país vinha
sendo governado por aristocracias regionais solidamente enraizadas no
coronelismo do interior, onde cada estado, praticamente, constituía uma unidade
autônoma.
Empossado na presidência a 15 de
novembro de 1898, Campos Sales deparou-se com a tarefa de
dar uma forma política de maior refino a essa estrutura fragmentada. Denominada
"política dos governadores", significou, na prática, que o governo
central deveria respeitar as decisões dos partidos que mantinham o poder em
cada estado, desde que estes elegessem bancadas
no Congresso absolutamente fiéis ao presidente da República. Os
governadores eram indicados pelo poder central, e tinham a habilidade de
destituir os deputados que não lhe fossem afeitos.
E isto se fez sem modificar a base
política dos estados – os coronéis. Eram justamente eles que permitiam aos
partidos estaduais assegurar antecipadamente a composição das bancadas, através
de seu controle sobre seu eleitorado, os célebres "currais
eleitorais".
Neste esquema, e sem o voto secreto, o
coronel controlava os votantes em sua área de influência, obtendo votos para
seu candidato em troca de benefícios, como uma vaga num hospital ou
um cargo público, a seus vassalos no “curral”. Tal prática era conhecida
como voto de cabresto. Por sua vez, o coronel apoiava o poder político
estadual, que oferecia suporte ao Governo Federal. Em troca, o governo ao nível
federal retribuia favores aos poderes estaduais, que faziam o mesmo aos
coronéis, permitindo que estes bancassem a administração de seus currais
eleitorais.
Tal troca de favores era justamente o
fundamento do pacto da Política dos Governadores, envolvendo presidente da
República, governadores estaduais, deputados, senadores e outros cargos
públicos. O coronel mandava no município, nomeando e arranjando
empregos para seus aliados; o governador não sofria oposição na Assembléia
Legislativa estadual; assim como o presidente da República tinha
todas suas iniciativas aprovadas pelo Congresso Nacional.
Porém, esta política gerou
descontentamento por outros Estados, o que culminou na queda da República
Velha, apoiada pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais.
O apoio de Minas Gerais deveu-se ao
fato de que Washington Luiz Pereira dos Santos, paulista, que era o Presidente
da República, escolheu como candidato a sucedê-lo o paulista Júlio Prestes,
quando deveria ser o Governador do Estado de Minas Gerais, Antônio Carlos.
Júlio Prestes venceu as eleições, mas
alegando fraude, e agravada pela morte do paraibano João Pessoa, que era
candidato a Vice-Presidente na chapa de Getúlio Vargas, espoucou a Revolução de
1930, que foi vitoriosa, impedindo a posse de Júlio Prestes, empossando Getúlio
Vargas.
E Com a vítória da Revolução de 1930
tem por fim a República Velha.
Fonte:
Wikipédia
Comentário:
Ser um governador exige uma grande
responsabilidade ao um estado de um país, o controle de todas as cidades
precisa ser usado somente ao bem de todos os cidadãos e de como você consegue provar
ao povo que pode ser capaz de manter lei e ordem por um bem maior. Um
governador precisa entender que nem sempre usar dinheiro para expandir a
população do estado resolva certos problemas dos próprios cidadãos de cada
cidade, como melhoramento nas condições de vida da população de cada cidade,
tomar cautela na parte dos impostos de como pretende usa-los para o bem povo,
etc. Como sabemos, nos dias de hoje uma grande parte dos governadores,
incluindo no Brasil, a maioria dos governadores quase nunca seguem os termos
certos para controlar cada estado do país.
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