sábado, 13 de abril de 2019

Política: Política dos governadores 1889-1930 (1o bimestre).




Política

Política dos governadores


Política dos Governadores ou Política dos Estados foi um acordo durante os primeiros anos da República Velha (1889-1930), em que o Governo Federal apoiava os governos estaduais sem restrições e, em troca, eles faziam uso de seus coroneis ("coronelismo") e elegiam bancadas pró-Governo Federal para a quinta assembleia legislativa, de forma que nem o governo federal, nem os governos estaduais, enfrentassem qualquer tipo de oposição. Campos Sales propôs o nome "Política dos Estados", dizendo que "o que pensam os Estados, pensa a União".


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O Presidente da República apoiava os atos dos presidentes estaduais como a escolha dos sucessores desses presidentes de estados, e, em troca, os governadores davam apoio e suporte político ao governo federal, colaborando com a eleição de candidatos, para o segundo Senado Federal e para a terceira Câmara dos Deputados, que dessem total apoio ao Presidente da República. Assim as bancadas dos estados no Senado Federal e na Câmara dos Deputados não ofereciam obstáculos ao presidente da república, o qual conduzia livremente seu governo. Os presidentes da república seriam sempre ex-presidentes de estado, o que garantia que teriam grande experiência administrativa.

Com o fim do primeiro período republicano, sob o domínio dos militares, e superadas as crises de transição do governo Prudente de Morais, chegara o momento de institucionalizar as relações entre poder central e governos estaduais. Até então, o país vinha sendo governado por aristocracias regionais solidamente enraizadas no coronelismo do interior, onde cada estado, praticamente, constituía uma unidade autônoma.

Empossado na presidência a 15 de novembro de 1898, Campos Sales deparou-se com a tarefa de dar uma forma política de maior refino a essa estrutura fragmentada. Denominada "política dos governadores", significou, na prática, que o governo central deveria respeitar as decisões dos partidos que mantinham o poder em cada estado, desde que estes elegessem bancadas no Congresso absolutamente fiéis ao presidente da República. Os governadores eram indicados pelo poder central, e tinham a habilidade de destituir os deputados que não lhe fossem afeitos.
E isto se fez sem modificar a base política dos estados – os coronéis. Eram justamente eles que permitiam aos partidos estaduais assegurar antecipadamente a composição das bancadas, através de seu controle sobre seu eleitorado, os célebres "currais eleitorais".


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Neste esquema, e sem o voto secreto, o coronel controlava os votantes em sua área de influência, obtendo votos para seu candidato em troca de benefícios, como uma vaga num hospital ou um cargo público, a seus vassalos no “curral”. Tal prática era conhecida como voto de cabresto. Por sua vez, o coronel apoiava o poder político estadual, que oferecia suporte ao Governo Federal. Em troca, o governo ao nível federal retribuia favores aos poderes estaduais, que faziam o mesmo aos coronéis, permitindo que estes bancassem a administração de seus currais eleitorais.


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Tal troca de favores era justamente o fundamento do pacto da Política dos Governadores, envolvendo presidente da República, governadores estaduais, deputados, senadores e outros cargos públicos. O coronel mandava no município, nomeando e arranjando empregos para seus aliados; o governador não sofria oposição na Assembléia Legislativa estadual; assim como o presidente da República tinha todas suas iniciativas aprovadas pelo Congresso Nacional.


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Porém, esta política gerou descontentamento por outros Estados, o que culminou na queda da República Velha, apoiada pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais.
O apoio de Minas Gerais deveu-se ao fato de que Washington Luiz Pereira dos Santos, paulista, que era o Presidente da República, escolheu como candidato a sucedê-lo o paulista Júlio Prestes, quando deveria ser o Governador do Estado de Minas Gerais, Antônio Carlos.

Júlio Prestes venceu as eleições, mas alegando fraude, e agravada pela morte do paraibano João Pessoa, que era candidato a Vice-Presidente na chapa de Getúlio Vargas, espoucou a Revolução de 1930, que foi vitoriosa, impedindo a posse de Júlio Prestes, empossando Getúlio Vargas.

E Com a vítória da Revolução de 1930 tem por fim a República Velha.


Fonte:

Wikipédia

Comentário:

Ser um governador exige uma grande responsabilidade ao um estado de um país, o controle de todas as cidades precisa ser usado somente ao bem de todos os cidadãos e de como você consegue provar ao povo que pode ser capaz de manter lei e ordem por um bem maior. Um governador precisa entender que nem sempre usar dinheiro para expandir a população do estado resolva certos problemas dos próprios cidadãos de cada cidade, como melhoramento nas condições de vida da população de cada cidade, tomar cautela na parte dos impostos de como pretende usa-los para o bem povo, etc. Como sabemos, nos dias de hoje uma grande parte dos governadores, incluindo no Brasil, a maioria dos governadores quase nunca seguem os termos certos para controlar cada estado do país.

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