Parque Nacional de Yellowstone
O Parque Nacional de
Yellowstone é um parque nacional norte-americano localizado
nos estados de Wyoming, Montana e Idaho.
É o mais antigo parque nacional no mundo, e um marco na história das áreas
protegidas. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma
área de 8980 km², estando a maior parte dele no condado de Park, no
noroeste do Wyoming. O parque é famoso por, entre outras
atrações, seus gêiseres, suas fontes termais e por sua variedade
de vida selvagem, na qual incluem-se ursos mansos, lobos, bisontes, alces,
e outros animais. É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um
dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no
planeta. O gêiser mais famoso do mundo, denominado Old Faithful, encontra-se neste parque.
A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana.
Muito antes de haver presença humana em
Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejetou um volume imenso de
cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos, a maioria do
centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste
do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção
do Monte Santa Helena, em 1980. Deixou uma enorme caldeira
vulcânica (70 km por 30 km) assentada sobre uma câmara
magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos
2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 000 anos.
Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante
esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos
posteriores à sua ocorrência.
História da
presença humana
A presença humana no parque remonta a
11 000 anos. Os nativos americanos que caçavam e pescavam na região de
Yellowstone utilizavam significantes quantidades de obsidiana aí encontradas
para produção de armas e de utensílios de corte. Pontas de seta fabricadas a
partir da obsidiana de Yellowstone são encontradas tão longe como o vale
do rio Mississippi, o que indica que haveria negócios entre os nativos
americanos de Yellowstone e outras tribos mais a leste.
Em 1806, um membro da Expedição de
Lewis e Clark, de seu nome John Colter, abandonou esta expedição e
juntou-se a um grupo de caçadores de peles. Terá sido o primeiro não nativo a
visitar a região e a ter contacto com a realidade dos nativos americanos
radicados nessa região. Após ter sobrevivido a danos corporais sofridos durante
uma batalha que envolveu a tribo Crow e tribos Blackfoot, ele terá relatado a
existência de um local que denominou de fogo e enxofre. A maior
parte das pessoas que ouviram este relato não acreditaram, supondo que se
tratasse mais de um delírio, tendo mesmo chamado a esse supostamente imaginário
local de Inferno de Colter (Colter's Hell).
Mais tarde, o explorador Jim Bridger,
após ter regressado de uma expedição ao parque (1857), contou histórias da
existência de fontes em ebulição, de locais onde a água jorrava energicamente e
de montanhas repletas de substâncias vítreas e de rochas amarelas. Devido à
reputação que Bridger tinha, estes relatos foram largamente ignorados. No
entanto, as suas histórias despertaram o interesse do explorador e
geólogo Ferdinand Vandeveer Hayden que, em 1859, iniciou uma
expedição de 2 anos à área montante do rio Missouri. Nessa expedição levou
consigo como guias W.F. Reynolds (explorador do Exército dos Estados
Unidos da América) e o próprio Bridger. O grupo aproximou-se da região de
Yellowstone mas foi forçado a recuar devido a intensos nevões que então se
fizeram sentir. Entretanto começaria a Guerra Civil Americana, impedindo
tentativas de exploração mais profundas da região.
A primeira expedição detalhada à área
de Yellowstone foi protagonizada pela expedição de Folsom, em 1869.
Baseado na informação recolhida na expedição
de 1869, um grupo de residentes em Montana organizou a expedição
Washburn-Langford-Doane (1870), comandada por Henry Washburn. Nathaniel
P. Langford (mais tarde conhecido como "National Park" Langford)
fazia parte deste grupo, assim como Gustavus
Doane, que comandava um destacamento do exército dos EUA. A
expedição demorou um mês a explorar a região, fazendo recolha de espécimenes e
nomeando os sítios de interesse. É por esta altura que foi esboçada pela
primeira vez a ideia de Yellowstone se tornar um Parque Nacional. Essa ideia
pertenceu a Cornelius Hedges, um advogado de Montana.
Em 1871, onze anos após a sua primeira
tentativa frustrada, F.V. Hayden conseguiu finalmente condições para explorar a
região. Esta expedição, de maiores dimensões, foi patrocinada pelo governo.
Hayden elaborou um relatório exaustivo sobre Yellowstone, que incluía
fotografias em grande formato elaboradas por William Henry Jackson e
pinturas elaboradas por Thomas Moran. Este relatório ajudou a convencer
o Congresso dos Estados Unidos a retirar a região da hipótese de
leilão público. Em 1 de Março de 1872, o presidente Ulysses
S. Grant promulgou legislativamente a criação do Parque Nacional de
Yellowstone.
"National Park" Langford, membro das
expedições efectuadas em 1870 e 1871, foi designado como o primeiro
superintendente do parque, em 1872. Serviu durante cinco anos, embora sem
salário, fundos ou pessoal auxiliar. Faltavam-lhe meios para melhorar as
condições dos terrenos e para implementar medidas de protecção do parque. Como
não havia nenhum policiamento do parque e este carecia de regulamento, era
vulgar que sofresse ataques de ladrões, vândalos e de outras pessoas
indesejadas cujo interesse era somente de captar os valiosos recursos que o
parque oferecia. Como resultado disto, Lagford foi forçado a abandonar o cargo
em 1877.
Tendo viajado através de Yellowstone e
testemunhado pessoalmente os problemas de que o parque sofria, Philetus
Norris voluntariou-se para tomar o cargo deixado por Langford. O Congresso
finalmente decidiu providenciar um salário para o intendente do parque, assim
como uma pequena quantidade de fundos para operacionalizar os assuntos do
parque. Langford usou então estes fundos para expandir os acessos ao parque,
construindo 30 novas estradas, assim como para explorar em maior profundidade o
parque. Foi contratado um ajudante (Harry Yount) para controlar os saques e
vandalismos que ocorriam no parque. Hoje em dia, Harry Yount é considerado como
o primeiro guarda de parque (national park ranger). Estas medidas
mostraram-se no entanto insuficientes no que diz respeito à protecção do
parque. Quer Philetus Norris, quer os três superintendente que se lhe seguiram,
conseguiram impedir efectivamente a destruição dos recursos naturais do parque.
Só em 1886, quando foi dada a tarefa de gestão
do parque ao exército dos Estados Unidos, é que se conseguiu efectivamente
controlar uma boa parte dos seus problemas. Com fundos suficientes e com
pessoal para efectuar uma vigilância efectiva, o exército conseguiu desenvolver
com sucesso o policiamento e os regulamentos que permitiam manter o acesso
público ao mesmo tempo que se protegia a vida selvagem e os recursos naturais
do parque. O Serviço Nacional de Parques, criado em 1916, acabou por ficar
a ser gerido pelo exército, devido ao sucesso desta entidade na realização das
tarefas que lhe haviam sido confiadas em relação a este parque.
O Parque Nacional de Yellowstone foi designado
como Reserva da biosfera, a 26 de Outubro de 1976. Em 8
de Setembro de 1978 foi designado como Patrimônio Mundial,
pela UNESCO.
Incêndios
florestais
Uma série de incêndios florestais derivados de relâmpagos começaram
a alastrar pelo parque no verão de 1988. Milhares de bombeiros acorreram ao
local para prevenir que estruturas aí construídas pelo Homem fossem destruídas.
No entanto, não houve esforço sério para extinguir completamente os fogos, que
deixaram de lavrar quando chegaram as chuvas outonais.
Os
ecologistas argumentam que os incêndios fazem parte da dinâmica do ecossistema
de Yellowstone: não permitir que os incêndios se desenvolvam naturalmente
poderá ter como resultado o desenvolvimento de uma floresta sobrepovoada e
dessa maneira vulnerável à desoxigenação, ao aparecimento de doenças e
enfraquecimento geral da floresta.
De
fato, a mega fauna do parque foi pouco afetada por esses incêndios. Desde
então, muitas árvores novas voltaram a nascer e antigos sistemas de vistas
voltaram a reaparecer. Alguns sítios de interesse arqueológico e geológico
foram também descobertos e catalogados pelos cientistas. O Serviço Nacional de
Parques tem agora uma política de despoletar pequenos incêndios controlados,
para prevenir que se acumulem demasiados materiais inflamáveis no parque.
Geografia
A divisória
continental passa através do parque.
A divisória continental da América do Norte prolonga-se
diagonalmente através do sudoeste do parque. Esta divisória é um acidente
topográfico (cadeia montanhosa) que bissecta
o continente entre as bacias de drenagem do Oceano
Atlântico e do Oceano Pacífico (um
terço do parque encontra-se na bacia de drenagem do oceano Pacífico).
Por
exemplo, o rio Yellowstone e
o rio Snake têm
as suas nascentes próximas uma da outra, no parque. No entanto, a nascente do
rio Snake encontra-se do lado oeste da divisória continental e a nascente do
rio Yellowstone encontra-se no lado oriental. Dessa maneira, as águas do rio
Snake dirigem-se para o Pacífico enquanto que as águas do rio Yellowstone
dirigem-se para o Atlântico (Golfo do México).
O parque
assenta sobre um planalto elevado
com uma média de 2400 m de altitude e é bordejado em quase todas as
direcções pelas Montanhas Rochosas que
se elevam de 3000 a 4300 m. As cadeias montanhosas circundantes são:
Gallatin Range (a noroeste)
Beartooth Mountains (a norte)
Absaroka Mountains (a leste)
Wind River Range (a sudeste)
Teton Mountains (a sul)
Madison Range (a oeste)
O ponto
mais alto no planalto denomina-se Mount Washburn (3 122 m).
A sudoeste
do parque encontra-se um planalto rodeado por pequenos montes denominado Island
Park Caldera. Para além deste planalto localizam-se as planícies do rio
Snake (na parte sul de Idaho), que se encontram cobertas por basalto.
Uma das
particularidade mais interessantes do planalto de Yellowstone é a caldeira vulcânica aí existente; é uma
caldeira de grandes dimensões que se encontra coberta quase na totalidade por
fragmentos de rocha derivados de actividade vulcânica e que mede 50 por
60 km. Dentro desta caldeira encontra-se o lago Yellowstone, que é o maior
lago em elevação da América do Norte.
Geologia
Yellowstone
situa-se na ponta nordeste de um acidente geográfico em forma de U que
atravessa as montanhas e que actualmente são as planícies do rio Snake. Esta
planície em forma curva foi criada na altura em que o continente americano
sofria deriva continental e
passava por um hotspot ("zona quente")
vulcânico existente abaixo da crosta terrestre.
Este hotspotestava anteriormente localizado onde é hoje a
localidade de Boise,
no estado de Idaho.
Mas a América do Norte sofreu uma deriva, à velocidade de 45 mm por ano,
na direcção sudoeste, que relocalizou o hotspot até ao lugar
actual.
A caldeira vulcânica de Yellowstone é o maior sistema vulcânico
existente na América do Norte. É
normalmente denominado como "supervulcão"
porque a caldeira foi formada por acção de erupções explosivas de elevada
proporção. A caldeira foi criada por uma erupção cataclísmica que ocorreu há
cerca de 640 000 anos e que libertou 1000 quilómetros
cúbicos de cinza, rocha e materiais piroclásticos (este
evento teve uma proporção 450 vezes maior que a erupção do Monte Santa Helena, em 1980), formando uma cratera vulcânica
com quase 1 km de profundidade e abrangendo uma superfície de 30 por
70 km (o tamanho da caldeira tem no entanto sido modificado desde essa
altura). A formação geológica assim formada toma o nome de tufo e esta em particular passou a ser
conhecida como Lava Creek Tuff.
Para além deste grande ciclo eruptivo, outros dois ciclos haviam já ocorrido
nesta região.
Cada
erupção é de facto parte de um ciclo eruptivo maior que atinge o seu clímax com
o colapso da cobertura de uma câmara magmática.
Isto cria uma cratera, denominada
caldeira, e liberta grandes quantidade de material vulcânico (normalmente
através de fissuras que bordejam a caldeira). O tempo que medeia as três
últimas erupções cataclísmicas na região de Yellowstone, variou de 600 000
a 900 000 anos. O pequeno número destes eventos eruptivos não permite que
sejam feitas predições relativas à data de ocorrência do próximo evento deste
tipo.
O primeiro
e maior evento eruptivo teve o seu clímax a sudoeste dos limites actuais do
parque, há cerca de 2,2 milhões de anos, e formou uma caldeira de 50 por
80 km e centenas de metros de profundidade, libertando 2500 quilómetros
cúbicos de material (a maioria cinza, mas também pedra
pomes e outros materiais piroclásticos). A caldeira foi então
preenchida por subsequentes erupções. A estrutura geológica assim formada foi
denominada Huckleberry Ridge Tuff.
No segundo
evento eruptivo, 280 quilómetros cúbicos de material foram ejectados. Ocorreu
há 1,2 milhões de anos e formou uma caldeira de menores dimensões (Island
Park Caldera) e outra formação geológica denominada Mesa Falls Tuff. Todas as três erupções
libertaram grandes quantidades de cinza vulcânica que cobriram grande parte da
zona central da América do Norte. As cinzas libertadas propagaram-se por
milhares de quilómetros. A quantidade de cinzas e gases libertados terão
provocado impactos significativos nos padrões climáticos globais, tendo levado
à extinção de muitas espécies,
pelo menos na América do Norte. Há cerca de 160 000 anos, ocorreu uma
erupção de menores dimensões, formando uma caldeira de pequenas dimensões,
agora preenchida pelo lago Yellowstone.
Os estratos
de lava podem ser vistos mais
facilmente no grande desfiladeiro de Yellowstone, nos locais onde o rio
Yellowstone continua a erodir os
antigos depósitos de lava. De acordo com Ken Pierce, geólogo do U.S. Geological Survey, no fim do último
período de glaciação (entre 14 000 e 18 000 anos atrás),
várias barreiras de gelo formaram-se na desembocadura do lago Yellowstone.
Quando esse gelo derreteu, um grande volume de água foi libertado, causando
inundações e erosão de grandes porporções no que é hoje o desfiladeiro. Estas
inundações provavelmente ocorreram mais do que uma vez. O desfiladeiro é um
típico vale em forma e V, indicativo de erosão fluvial e não erosão
por glaciar. Hoje em dia, o desfiladeiro
continua a ser lentamente erodido pelo rio Yellowstone.
Após a
última grande erupção, há 63 000 anos, até há 70 000 anos, a caldeira
de Yellowstone foi praticamente toda preenchida por lavas reolíticas resultantes
de erupções periódicas (um exemplo em Obsidian Cliffs) e
também por lavas basálticas (um
exemplo em Sheepeaters Cliff).
Mas há cerca de 150 000 anos, o tecto do planalto começou a elevar-se
novamente. Duas áreas em particular, localizadas no foco da caldeira elíptica,
começaram a elevar-se mais rapidamente que as áreas adjacentes do planalto.
Este diferencial de altitudes criou dois domos ressurgentes (Sour Creek dome e Mallard Lake dome) que
se elevam 15 milímetros por ano, enquanto que o resto da caldeira se eleva 12,5
milímetros por ano.
Preservados
em Yellowstone, existem muitos locais com actividade geotermal, incluindo 10 000 fontes geotermais
e gêiseres (cerca de 62% do total existente em todo o planeta). A água que
alimenta estes locais deriva do aquecimento provocado pelo hotspot acima
descrito.
O gêiser
mais famoso do parque (um dos mais conhecidos do mundo) denomina-se Old Faithful Geyser. O
parque também contém o maior gêiser activo do mundo: o Steamboat Geyser.
Biologia e
ecologia
A espécie
botânica dominante no parque é a Pinus
contorta. No entanto, variedades de Picea, Abies e Populus também
são comuns. Podem ser encontradas no parque pelo menos 300 espécies de plantas,
algumas delas não se encontrando em mais local nenhum (endemismo).
Yellowstone
é considerado o habitat selvagem dos Estados Unidos com maior variedade de
megafauna. Alguns dos animais que podem ser encontrados são:
Bisonte-americano (Bison bison)
Urso-pardo (Ursus arctos)
Urso-negro (Ursus
americanus)
Alce (Alces
alces)
Veado (Odocoileus
hemionus)
Antilocapra (Antilocapra
americana)
Carneiro das Montanhas Rochosas (Oreamnos americanus)
Suçuarana (Puma
concolor)
Os rios de
Yellowstone constituem parte da área de distribuição de uma das sub-espécies
de truta (Oncorhynchus clarki),
muito apreciada pelos pescadores. Este tipo de truta tem enfrentado algumas
ameaças nos anos mais recentes: a introdução intencional e ilegal da truta da
espécie Salvelinus namaycush, que exerce predação sobre a primeira; a seca
que se faz sentir na região; e a introdução acidental de um parasita(Myxobolus cerebralis) que causa uma doença
terminal do sistema nervoso dos peixes mais jovens.
As
relativamente grandes populações de bisontes existentes no parque são uma
preocupação para os rancheiros, que temem que estes animais transmitam doenças
aos seus parentes domésticos. De facto, cerca de metade dos bisontes em
Yellowstone já estiveram expostos à brucelose.
Esta é uma doença bacteriana que
chegou à América do Norte por meio de gado vindo da Europa e que provoca aborto espontâneo.
A doença
teve um efeito mínimo na população de bisontes do parque e não existem casos
reportados de transmissão de animais selvagens para animais domésticos ou mesmo
para visitantes. Mas a possibilidade real de contágio continua a existir: o
estado de Montana acredita que a
proximidade entre gado doméstico e animais selvagens possa ameaçar o estatuto
deste estado como estando livre de brucelose. Este estado aprovou uma caçada a
bisontes, em 2005, com 50 licenças
emitidas para que fossem abatidos os bisontes que saíssem do parque. Os alcestambém podem ser
portadores da doença, mas este animal não é considerado como uma ameaça para o
gado doméstico.
Para
combater a ameaça que os bisontes possam causar, os agentes do parque
regularmente reconduzem as manadas que saem dos limites do parque. Os
activistas dos direitos animais não
vêem esta actuação com bons olhos, argumentando que a possibilidade de contágio
não é tão elevada como os rancheiros afirmam ser. Os ecologistas também apontam
que os animais apenas estão a movimentar-se para zonas de pastoreio
temporárias, mais favoráveis, existentes no Grande Ecossistema de Yellowstone.
Começando em 1918,
num esforço para proteger as populações de alce, o director do Serviço de
Parque ordenou a exterminação de pumas e de outros animais predatórios
existentes no parque de Yellowstone. Os caçadores do Serviço de Parques
seguiram então estas ordens e, por volta de 1926, tinham já abatido
122 lobos.
Na década de 1990, o
governo federal reviu a sua posição em relação aos lobos. Numa decisão
controversa do U.S. Fish and Wildlife Service (organização com
tarefa de protecção de espécies ameaçadas), foi decidida a reintrodução de lobos
no parque. Após o extermínio do lobo, o coiote tornou-se o
predador de topo no parque. No entanto, o coiote não tem a capacidade de
exercer predação sobre animais de maior porte. Como resultado, a megafauna
começou a tornar-se enfraquecida e doente. Desde que o lobo foi reintroduzido,
esta tendência tem-se revertido.
No entanto,
os rancheiros que exercem a sua actividade em áreas circundantes demonstram a
sua preocupação com os lobos que se aventuram fora dos limites do parque e que
ameaçam o seu gado. De maneira geral, os lobos caçam aquilo que lhes foi
ensinado caçar enquanto eram jovens. Por isso, tendem a caçar alces e não gado
doméstico. Mas a partir da altura que as alcateias começam a atacar e caçar o
gado, não existe muito mais recurso do que eliminar os membros da alcateia que
exerceram ataques. Os rancheiros recebem uma compensação financeira pelas
perdas de gado derivadas de ataques de lobos se provarem que foram estes que
realmente provocaram os danos. Por vezes os rancheiros queixam-se que é difícil
provar que oa mortes não foram provocadas por coiotes ou por cães selvagens.
Os lobos
reintroduzidos não têm o estatuto de espécie ameaçada, ao contrário dos lobos
não-introduzidos. Assim, os rancheiros podem matá-los se estes ameaçarem o seu
gado. Existem lobos que se têm deslocado naturalmente desde o Canadá, misturando-se com as populações locais,
tornando assim mais difícil a tarefa de distinguir que lobos estão protegidos
ou não.
O Serviço
Nacional de Parques não era habitualmente a favor da reintrodução do lobo,
citando evidências de que lobos já tinham começado a regressar à região pelos
seus próprios meios, restabelecendo pequenas populações. Vários biólogos
contratados pelo Serviço Nacional de Parques documentaram raros registos
pessoais e por terceiros. Alguma preocupação emergiu, relacionado com o acordo
entre as agências federais e os estados onde se situa o parque. A preocupação
estava relacionada com a diminuição da protecção do lobo, através de emenda ao
seu estatuto oficial de espécie ameaçada, com vista a agradar os interesses
locais, nomeadamente os interesses dos rancheiros, que deixariam de sofrer
represálias legais em função do acordo de reintrodução do lobo.
Em 1975
existiam apenas 136 ursos cinzentos a viverem em liberdade e em 2016 são mais
de 700 devido aos serviços de proteção federal e estatal norte-americanos.
Morreram em 2015 no parque de Yellowstone 61 ursos desta espécie - apenas três
foram classificadas como mortes naturais.
Turismo
Yellowstone
é um dos mais populares parques nacionais dos Estados Unidos. O parque é único
no que diz respeito à conjugação de múltiplas características naturais.
Gêiseres, fontes hidrotermais, um lago e
um grande desfiladeiro, florestas, uma multitude de elementos naturais incluido
a sua vida selvagem, podem ser encontrados dentro do parque. Devido a esta
variedade de características, o parque oferece uma multitude de actividades
para aqueles que o visitam: do montanhismo ao campismo e pedestrianismo, da
prática de caiaque à pesca ou à
simples observação da vida selvagem, o parque proporciona aos visitantes uma
experiência memorável em contacto com a natureza.
A maioria
dos locais geotermais (gêiseres, fontes, etc.) emitem gases sulfurosos. O odor
que emitem não é demasiado agressivo para a maioria das pessoas, no entanto,
aconselha-se uma consulta prévia ao médico para as pessoas com dificuldades
respiratórias que queiram visitar o parque.
Os fogos
florestais são uma ocorrência vulgar em Yellowstone devido ao clima seco,
sobretudo no Verão, mas não deverão ser considerados como desastres:
são um processo natural de características regulares que contribui, em última
análise, para a regeneração e embelezamento do parque. A série de fogos
florestais que ocorreu no parque, no ano de 1988, deixou queimados 45% da
floresta do parque, incluindo florestas adjacentes às áreas turísticas de maior
evidência. Essas áreas ardidas apresentam agora um aspecto estranho, não
deixando no entanto de apresentar uma certa beleza, tanto que parte dessas
áreas começam lentamente a recuperar as tonalidades verdejantes.
Os guardas
do parque aconselham os visitantes a não se aproximarem demasiado de animais
potencialmente perigosos e a percorrerem o parque por trilhos seguros. Alguns
dos pontos de água têm águas ferventes e libertam gases tóxicos: no ano de
2004, cinco bisontes foram encontrados mortos devido à inalação desses gases
tóxicos de origem geotermal.
Existe
alojamento para os visitantes em onze locais diferentes. A pousada Old
Faithful proporciona uma vista privilegiada para a atracção que lhe
deu o nome: o 'Old Faithful Geyser. Os alojamentos são de tipo variado,
desde hotéis até pequenos alojamentos. Existem onze parques de campismo.
O próprio
parque está rodeado de outras áreas protegidas, tais como o Grand Teton National Park e a Custer National Forest.
Algumas das populações mais próximas são West
Yellowstone (Montana), Cody (Wyoming), Red Lodge (Montana), Ashton (Idaho) e Gardiner (Montana). Segundo o censo
demográfico efectuado em 2000, existem 600 pessoas a viver em permanência
dentro dos limites do parque.
Em 2009 foi
registado um recorde de visitantes: 2,3 milhões.
FONTE:
Wikipédia.
Comentário:
Que lugar incrível!!!
Já quero conhecer. O post está super completo… Adorei!!! Lugar
maravilhoso! Como pode existir um lugar tão lindo assim?! Excelente!! Esse
lugar é incrível demaaais, tenho muita vontade de conhecer.
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