Cultura da Bahia
A cultura da Bahia é uma das mais ricas e diversificadas do Brasil, sendo o estado considerado um dos mais ricos centros culturais do país, conservando não apenas um rico acervo de obras religiosas, arquitetônicas, mas é berço de típicas manifestações culturais populares, quer na culinária, na música, e em praticamente todas as artes.
A Bahia tem seus expoentes, suas características próprias, resultado da rica miscigenação entre o índio nativo, o português colonizador e o negro escravizado. Nessa imensa vastidão cultural, entre as principais manifestações culturais estão o carnaval de Salvador, a festa da Independência da Bahia, as festas juninas no interior, em especial a guerra de espadas em Cruz das Almas e em Senhor do Bonfim, a lavagem do Bonfim, a Festa de Santa Bárbara, a Festa de São Sebastião, a festa de Iemanjá, e muitas outras.
Na Bahia, ainda há espaço para um provérbio, a um tempo jocoso e sério, que retrata a índole do seu povo: "O baiano não nasce, estreia" e a chamada baianidade, expressão frequentemente usada para definir características de vida dos baianos. Ainda há o baianês, modo de falar todo próprio do baiano.

A tradicional festa de
Iemanjá no bairro soteropolitano do Rio Vermelho, em 2008.
Cultura erudita
Frontispício de edição de 1775 dos poemas de Gregório de Matos.
Na Bahia nasceu o primeiro historiador
do Brasil, Frei Vicente do Salvador. Ainda como Colônia, os versos de Gregório
de Matos repercutiam qual dardos, dono de rimas tão ferinas que lhe
renderam a imortalidade com o epíteto de "Boca do Inferno".
Lugar da primeira Faculdade de
Medicina do país (Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da
Bahia), foi berço de nomes que se destacaram no cenário nacional, tais como
Afrânio Peixoto, Oscar Freire, Edgard Santos, Antônio
Rodrigues Lima, Juliano Moreira, etc.
Do Direito e Educação brotaram
nomes como Ruy Barbosa, Teixeira de Freitas, Anísio Teixeira,
Antônio Luiz Machado Neto, Aliomar Baleeiro, Orlando Gomes, Nestor Duarte e,
caindo para a literatura, Castro Alves, o "Poeta dos Escravos",
autor de um dos mais conhecidos trabalhos da literatura brasileira: O Navio
Negreiro.
Na Engenharia, Teodoro
Sampaio teve um importante papel na geografia e da geologia no Brasil.
Música
Olodum
com seus tambores no Carnaval de Salvador de 2010.
Já era a Bahia, em particular Salvador,
sua capital, a maior cidade das Américas durante vários séculos, um dos
principais centros comerciais do Novo Mundo. Das raízes negras brotou o samba
de roda, seu filho samba e outros tantos ritmos, movidos por atabaques,
berimbaus, marimbas e outros instrumentos africanos.
Xisto Bahia, levando os ritmos e mesmo poetas (como Plínio
de Lima), descobre o novo meio e grava o primeiro disco brasileiro. E
experimenta o sucesso internacional com Dorival Caymmi.
Do rock ao tropicalismo,
de Raul Seixas a Caetano Veloso, infinitos nomes desfilam mundo
afora, como João Gilberto, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Gal
Costa, Maria
Bethânia, Tom Zé.
Carnaval da Bahia
Foi no Carnaval que o baiano
encontrou-se com o mundo: Em 1950 Dodô e Osmar inventam o Trio
Elétrico, e atrás dele "só não vai quem já morreu", como
fala um trecho da música de Caetano Veloso, que acabou popularizando o
trio por todo Brasil.
Um novo cenário foi
descortinado, revelando artistas e grupos musicais: Moraes Moreira, Luiz
Caldas (que acabou tendo um importante papel, revelando para o Brasil um
novo ritmo que difundiu por todo país, o axé music), Chiclete com Banana, É o Tchan!,
Daniela Mercury, Margareth Menezes, Ivete Sangalo, etc.
O negro reconquista sua
identidade, e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum une
música ao trabalho social.
Culinária
Tabuleiro da baiana de acarajé com
exemplares das gastronomias africana e afro-baiana.
A culinária da Bahia é muito
influenciada por ingredientes e temperos oriundos da África; do Candomblé
ou do tabuleiro da baiana brotam o acarajé, o abará, o vatapá
e tantos pratos temperados pelo quiabo,
azeite de dendê e as pimentas, festejando aos santos (muitas
comidas são oferendas aos orixás), como o caruru ou
festejando a vida, como a moqueca, a Bahia tem sempre um quindim
a despertar o paladar.
Teatro
No Teatro baiano, há várias
peças conhecidas: A Bofetada, Vixe Maria! Deus e o Diabo na
Bahia!, Siricotico - Uma comédia do balacobaco, Los Catedrásticos,
Os Cafajestes, O Indignado. Além delas, há as companhias de teatro: Cia
Baiana de Patifaria, Bando de Teatro Olodum, Cia Cuca de Teatro,
Cabriola Cia de Teatro, Arte Sintonia Companhia de Teatro, dentre outras mais.
Com isso o teatro ficou rico, revelando atores como Lázaro Ramos, Wagner
Moura, Luís Miranda, Érico Brás, João Miguel, Tânia
Toko, Zéu Brito, Fabrício Boliveira, Emanuelle Araújo
etc.
A Bahia é o berço de personalidades
nacionais e internacionais os quais contribuíram para a história baiana e
brasileira, abaixo um breve resumo detalhado:
O jurista Augusto Teixeira de Freitas,
responsável por um dos esboços do código civil brasileiro que
influenciou os códigos civis da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
O escritor Jorge Amado, que é um dos
escritores com mais livros traduzidos no mundo.
O poeta abolicionista Castro Alves, autor do
poema O Navio Negreiro.
O cantor e compositor Dorival Caymmi, um
dos primeiros artistas a cantar suas próprias canções numa época em que os
intérpretes de rádio reinavam.
O cantor, ator e compositor Xisto Bahia,
responsável pela 1ª música gravada do Brasil, "Isto É Bom".
Na pintura, destaca-se o famoso Mário Cravo
com obras espalhadas pelo Brasil, além de Carybé (radicado na Bahia), Sante
Scaldaferri, Lucília Fraga, Prisciliano Silva e Mendonça
Filho.
Na música, os exemplos mais conhecidos são João
Gilberto (criador da Bossa Nova), Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia,
Gal Costa, Tom Zé, Assis Valente, Simone, na MPB; Margareth Menezes, Daniela
Mercury, Ivete Sangalo no axé; Raul Seixas, Pitty, Pepeu Gomes, Marcelo Nova e
Dinho, do Mamonas Assassinas, no rock;
no brega, Anísio Silva e Waldick Soriano; era baiano Xisto Bahia, o primeiro
cantor a ter sua obra gravada em disco no país, como também é da Bahia um dos
maiores estudiosos de nossa música popular, Ricardo Cravo Albin. Em função
disso, surgiu a ideia do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
que leva o seu nome, o único exclusivamente dedicado à música popular do
Brasil, iniciado em 1995 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC-Rio), através do Departamento de Letras, e a Livraria Francisco
Alves Editora, e tendo o apoio técnico da IES - Informática e Engenharia de
Sistemas.
Nos esportes, destacam-se Tony Kanaan
(campeão da Fórmula Indy), Dida, o ex-goleiro da Seleção
de Futebol, jogador de futebol da seleção brasileira e atualmente no Barcelona
Daniel Alves, Popó, pugilista campeão mundial em duas
categorias do boxe, o lutador de MMA Antônio Rodrigo Nogueira e seu
irmão gêmeo também lutador de MMA Rogério Nogueira, Ricardo,
formando dupla com Emanuel, conquistaram a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas
de Atenas-2004 no vôlei de praia, o ex-jogador de futebol da seleção
brasileira tetra campeão Bebeto e o campeão olímpico e mundial de
canoagem Izaquias Queiroz.
Nas artes cênicas (teatro, cinema e televisão)
estão importantes atores como Lázaro Ramos, Priscila Fantin, Wagner Moura, João
Miguel, Regina Dourado, Fábio Lago, Zéu Britto, Giovanna Gold, Othon Bastos,
Antonio Pitanga, o humorista Claudio Manoel e o cineasta Glauber Rocha.
Dentre modelos, pode-se citar Adriana Lima, Ingra Liberato,
esta última também atriz, e a eterna Miss Brasil Martha Rocha e a miss
Universo 1968 Martha Vasconcellos.
Na política, desde os tempos do Império, diversos baianos se
destacaram no cenário nacional, como o Marquês de Abrantes, Visconde do Rio
Branco, Luís Viana, Cezar Zama, Hermes Lima, Antônio
Carlos Magalhães, Antônio Carlos Magalhães Neto, Newton Cardoso
e o ex-presidente Itamar Franco, dentre outros tantos.
Na literatura, é grande a contribuição cultural
baiana, desde os inícios das letras no país, com Gregório de Matos e Frei
Vicente do Salvador; Castro Alves, Jorge Amado,Afrânio Peixoto, Dias Gomes,
Luís Gama, Adonias Filho, João Ubaldo Ribeiro, Emídio Brasileiro e muitos
outros.
Fontes:
MARIANO, Agnes (2009). A invenção da
baianidade. São Paulo: Annablume. 310 páginas. ISBN 9788574198965
LARIÚ, Nivaldo (1991). Dicionário
de baianês. Salvador: [s.n.]
BRIZA, Luiza (1 de julho de
2011). «Anísio Teixeira». Educar para Crescer. abril.com.br.
Consultado em 20 de maio de 2014. O educador propôs e executou medidas para
democratizar o ensino brasileiro e defendeu a experiência do aluno como base do
aprendizado
JR., Irineu Guerrini. e
VICENTE, Eduardo (2010). Na trilha do disco. Relatos sobre a indústria
fonográfica no Brasil. Rio de Janeiro: E-papers. p. 92. 184 páginas
REIS, Mellyna (1 de maio de
2013). «Sucesso nos anos 90, É o Tchan completa duas décadas sem perder o
rebolado». NE10. uol.com.br. Consultado em 20 de maio de 2014
SANTANNA, Marilda (2009). As
donas do canto. o sucesso das estrelas-intérpretes no carnaval de Salvador.
Salvador: Edufba. ISBN 8523208852
«Companhias de Teatro da
Bahia». Nas coxias da Bahia.
Consultado em 29 de maio de 2014
DIAS, Marcos (15 de setembro
de 2013). «Ruy Barbosa é o maior baiano de todos os tempos». Portal A
TARDE. Consultado em 30 de maio de 2015
Comentário:
Na cultura
baiana é repleta pela musica e pelas danças, na maiorias da vezes as mulheres
costumam usar vestidos coloridos que são parecidos com aqueles que eram usados
desde a época da escravidão no Brasil. Alguns dos banquetes que são apreciados pelas tradições são
de origem africana. Fiz este tema por homenagem a uma pessoa que na minha
opinião ela faz parte da minha
família,a Bahia significa muito para
essa parente minha, daria todo meu
respeito por ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.