Maravilhas do mundo antigo
Pirâmide de Quéops
Ao contrário do que muitos pensam, é apenas a Pirâmide de Quéops (e não todas as três grandes Pirâmides de Gizé) que faz parte da lista original das Sete Maravilhas do Mundo.[1]A Pirâmide de Quéops foi construída há mais de 4500 anos, por volta do ano 2 550 a.C., e é também chamada de Grande Pirâmide de Gizé ou apenas Grande Pirâmide. Uma majestosa construção de 147 metros.
A Grande Pirâmide de Gizé foi construída como tumba real para o faraó Quéops (que dá nome à pirâmide). O curioso é que a pirâmide de Quéops já era a mais antiga dentre todas as maravilhas do mundo antigo (afinal, na época já fazia mais de dois mil anos que havia sido construída) e é justamente a única que se mantém até hoje.
Jardins suspensos da Babilônia
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Os jardins suspensos da Babilônia
Capital do império caldeu, a Babilônia, sob Nabucodonosor, tornou-se a cidade mais rica do mundo antigo. Vivia do comércio e da navegação, buscando produtos na Arábia e na Índia e exportando lã, cevada e tecidos. Como não dispunham de pedras, os babilônios usavam em suas construções tijolos de barro cozido e azulejos esmaltados. No século V a.C., Heródoto dizia que a Babilônia "ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido". Mas em 539 a.C. o império caldeu foi conquistado pelos persas e dois séculos mais tarde passou a ser dominado por Alexandre, o Grande, tornando-se parte da civilização helenística. Depois da morte de Alexandre o Grande (323 a.C.) a Babilônia deixou de ser a capital do império. Começou assim sua decadência. Não se sabe quando os jardins foram destruídos; sobre as ruínas da Babilônia ergueu-se, hoje, a cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.
Estátua de Zeus em Olímpia
Ver artigo principal: Estátua de Zeus em Olímpia
Uma reprodução gráfica da Estátua de Zeus em Olímpia de Fídias
Essa é considerada sua obra-prima. Tanto os gregos amavam seus trabalhos que dizia-se que ele revelava aos homens a imagem dos deuses. Supõe-se que a construção da estátua tenha levado cerca de oito anos. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura - o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e ébano. Seus olhos eram pedras preciosas.
Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a estatueta de Nice, deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia. Quando a estátua foi construída, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes.
Templo de Ártemis em Éfeso
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Mausoléu de Halicarnasso
Ver artigo principal: Mausoléu de Halicarnasso
Maquete do Mausoléu de Halicarnasso
Foi construído por dois arquitetos gregos — Sátiro e Pítis — e por quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. A tumba foi erigida em uma colina tendo uma vista panorâmica da cidade. A estrutura ficava em um pátio fechado, em cujo centro estava uma plataforma com a tumba. Uma escada, ladeada por estátuas de leões de pedra, levava ao topo da plataforma. Ao longo da parede exterior desta ficavam muitas estátuas descrevendo deuses e deusas. Em cada canto, guerreiros de pedra cavalgando guardavam a tumba. No centro da plataforma estava a tumba propriamente dita. Feita principalmente de mármore, era um bloco quadrado de um terço da altura de 45 metros do mausoléu. Esta seção era coberta de esculturas em relevo exibindo cenas de ação da mitologia e história grega. Uma parte exibia a Centauromaquia, batalha dos centauros com os Lápitas; outra, gregos em luta com as amazonas, uma raça de mulheres guerreiras. Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada de mausoleum, o nome em latim do monumento.
Colosso de Rodes
Representação do Colosso de Rodes
Ver artigo principal: Colosso de Rodes
O Colosso de Rodes era uma gigantesca estátua do deus grego Apolo colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada em 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos,
tendo 30 metros de altura e setenta toneladas de bronze, de modo que
qualquer barco que adentrasse a ilha passaria entre suas pernas, que
possuía um pé em cada margem do canal que levava ao porto. Na sua mão
direita havia um farol que guiava as embarcações à noite.Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar o seu polegar. Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram armas abandonadas pelos macedônios no lugar.
Apesar de imponente, ficou em pé durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da baía. Ptolomeu III se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha recusaram por achar que haviam ofendido Hélio. E no fundo do mar ainda era tão impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi esquecida até a chegada dos árabes, que a venderam como sucata.
Farol de Alexandria
Ver artigo principal: Farol de Alexandria
O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu I no ano 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro helenista Sóstrato de Cnido.Sobre uma base quadrada erguia-se a esbelta torre octogonal de mármore, com uma altura que variava entre 115 e 150 metros de altura, que por mais de cinco séculos manteve-se entre as mais altas estruturas feitas pelo homem.
Em seu interior ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava a uma distância de até 50 quilômetros.
À excepção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores.
Outras listas
Mundo medieval
Existem diversas listas sobre as "(sete) maravilhas do mundo medieval". Mas é pouco provável que estas listas tenham surgido nessa época, porque a palavra "medieval" foi introduzida na época do iluminismo e o conceito da Idade Média tornou-se popular só a partir do século XVI. O dicionário Brewer's Dictionary of Phrase & Fable sugere tratá-las como listas desenvolvidas após a Idade Média.[2]Muitas das estruturas contidas nestas listas foram construídas antes da Idade Média, mas eram bem conhecidas.[3] As listas levam nomes como "Maravilhas da Idade Média" (implicando nenhuma limitação específica para sete), "Sete Maravilhas da Idade Média", "Patrimônio Medieval" e outras denominações.
Os representantes mais comuns das sete maravilhas da Idade Média são:[3]
- Stonehenge
- Coliseu de Roma
- Catacumbas de Kom el Shoqafa
- Torre de Porcelana de Nanquim
- Muralha da China
- Torre de Pisa
- Basílica de Santa Sofia
Mundo moderno
Ver artigo principal: Sete maravilhas do mundo moderno
As novas sete maravilhas do mundo foi uma revisão de caráter informal e recreativo da lista original das sete maravilhas, idealizada por uma organização suíça chamada New Open World Corporation (NOWC). A seleção foi feita mundialmente por votos pela internet gratuitos e ligações telefônicas.Os vencedores foram:
- Necrópole de Gizé (título honorário)
- Grande Muralha da China
- Petra
- Coliseu
- Chichen Itza
- Machu Picchu
- Taj Mahal
- Cristo Redentor