Maravilhas do mundo antigo
Pirâmide de Quéops
Ao contrário do que muitos pensam, é apenas a
Pirâmide de Quéops (e não todas as três grandes
Pirâmides de Gizé) que faz parte da lista original das Sete Maravilhas do Mundo.
[1]
A Pirâmide de Quéops foi construída há mais de 4500 anos, por volta do ano
2 550 a.C., e é também chamada de
Grande Pirâmide de Gizé ou apenas
Grande Pirâmide. Uma majestosa construção de 147 metros.
A Grande Pirâmide de Gizé foi construída como
tumba real para o faraó
Quéops
(que dá nome à pirâmide). O curioso é que a pirâmide de Quéops já era a
mais antiga dentre todas as maravilhas do mundo antigo (afinal, na
época já fazia mais de dois mil anos que havia sido construída) e é
justamente a única que se mantém até hoje.
Jardins suspensos da Babilônia
Os
Jardins Suspensos da Babilônia são as maravilhas menos conhecidas, já que até hoje encontram-se poucos relatos e nenhum
sítio arqueológico
foi encontrado com qualquer vestígio do monumento. O único que pode ser
considerado "suspeito" é um poço fora dos padrões que imagina-se ter
sido usado para bombear água. Foram construídos por volta de
600 a.C., às margens do
rio Eufrates, na
Mesopotâmia - no atual sul do
Iraque. Os jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido - conhecidos como
zigurates
- com terraços sobrepostos onde foram plantadas árvores e flores.
Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a
100 metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada de
mármore; entre as folhagens havia mesas e fontes. Os jardins ficavam
próximos ao palácio do rei
Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em homenagem à mulher, Amitis, saudosa das montanhas do lugar onde nascera.
Capital do império caldeu, a
Babilônia,
sob Nabucodonosor, tornou-se a cidade mais rica do mundo antigo. Vivia
do comércio e da navegação, buscando produtos na Arábia e na
Índia
e exportando lã, cevada e tecidos. Como não dispunham de pedras, os
babilônios usavam em suas construções tijolos de barro cozido e azulejos
esmaltados. No século V a.C.,
Heródoto
dizia que a Babilônia "ultrapassava em esplendor qualquer cidade do
mundo conhecido". Mas em 539 a.C. o império caldeu foi conquistado pelos
persas e dois séculos mais tarde passou a ser dominado por Alexandre, o
Grande, tornando-se parte da civilização helenística. Depois da morte
de
Alexandre o Grande (
323 a.C.)
a Babilônia deixou de ser a capital do império. Começou assim sua
decadência. Não se sabe quando os jardins foram destruídos; sobre as
ruínas da Babilônia ergueu-se, hoje, a cidade de Al-Hillah, a 160
quilômetros de
Bagdá, a capital do Iraque.
Estátua de Zeus em Olímpia
Estátua de Zeus em Olímpia foi construída no século V a.C. por
Fídias, em homenagem ao rei dos
deuses gregos — Zeus. A estátua, construída em
ouro e
marfim e decorada com
pedras preciosas, possuía 12 metros de altura. Após 800 anos foi levada para
Constantinopla (hoje
Istambul), onde acredita-se ter sido destruída em
462 d.C. por um terremoto.
Essa é considerada sua obra-prima. Tanto os gregos amavam seus
trabalhos que dizia-se que ele revelava aos homens a imagem dos deuses.
Supõe-se que a construção da estátua tenha levado cerca de oito anos.
Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do
Olimpo,
a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura - o
equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e
ébano. Seus olhos eram pedras preciosas.
Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a estatueta de
Nice,
deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma
águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus
de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando
Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia. Quando a estátua foi
construída, a rivalidade entre
Atenas e
Esparta pela hegemonia no
Mediterrâneo
e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras.
Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e
artísticas da época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o
século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento
da arquitetura, escultura e outras artes.
Templo de Ártemis em Éfeso
O
templo de Ártemis em Éfeso, construído para a
deusa grega da caça e protetora dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo. Localizado em Éfeso, atual
Turquia, o templo foi construído em
550 a.C. pelo
arquiteto cretense Quersifrão e por seu
filho,
Metagenes. Após concluído virou atração turística com visitantes de diversos lugares entregando oferendas, e foi destruído em
356 a.C. por
Heróstrato,
que acreditava que destruindo o templo de Ártemis teria seu nome
espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os habitantes da cidade não
revelaram seu nome, só conhecido graças ao
historiador Estrabão.
Alexandre ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser reconstruído só em
323 a.C., ano da morte do
macedônio. Mesmo assim, em
262 d.C., ele foi novamente destruído, desta vez por um ataque dos
godos. Com a conversão dos cidadãos da região e do mundo ao
cristianismo, o templo foi perdendo importância e veio abaixo em
401 d.C.; e hoje existe apenas um pilar da construção original em suas ruínas.
Mausoléu de Halicarnasso
O
Mausoléu de Halicarnasso foi o suntuoso túmulo que a
sátrapa da
Cária Artemísia II mandou construir sobre os restos mortais de seu irmão e marido,
Mausolo, em
353 a.C. A estrutura foi desenhada pelos arquitetos gregos
Sátiro e
Pítis. Ela tinha aproximadamente 45 metros de altura, e cada um de seus quatro lados foi adornado com
relevos criados por cada um dos quatro escultores gregos —
Briáxis,
Escopas de Paros,
Leocarés e
Timóteo.
Foi construído por dois arquitetos gregos —
Sátiro e
Pítis — e por quatro escultores gregos —
Briáxis,
Escopas,
Leocarés e
Timóteo.
A tumba foi erigida em uma colina tendo uma vista panorâmica da cidade.
A estrutura ficava em um pátio fechado, em cujo centro estava uma
plataforma com a tumba. Uma escada, ladeada por estátuas de leões de
pedra, levava ao topo da plataforma. Ao longo da parede exterior desta
ficavam muitas estátuas descrevendo deuses e deusas. Em cada canto,
guerreiros de pedra cavalgando guardavam a tumba. No centro da
plataforma estava a tumba propriamente dita. Feita principalmente de
mármore, era um bloco quadrado de um terço da altura de 45 metros do
mausoléu. Esta seção era coberta de esculturas em relevo exibindo cenas
de ação da
mitologia e
história grega. Uma parte exibia a
Centauromaquia, batalha dos
centauros com os
Lápitas; outra, gregos em luta com as
amazonas, uma raça de mulheres guerreiras. Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no
Museu Britânico, em
Londres, e em
Bodrum, na
Turquia. A palavra mausoléu é derivada de
mausoleum, o nome em
latim do monumento.
Colosso de Rodes
O
Colosso de Rodes era uma gigantesca estátua do
deus grego Apolo colocada na entrada marítima da ilha
grega de
Rodes. Ela foi finalizada em
280 a.C. pelo
escultor Carés de
Lindos,
tendo 30 metros de altura e setenta toneladas de bronze, de modo que
qualquer barco que adentrasse a ilha passaria entre suas pernas, que
possuía um pé em cada margem do canal que levava ao porto. Na sua mão
direita havia um
farol que guiava as embarcações à noite.
Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não
conseguia abraçar o seu polegar. Foi construída para comemorar a
retirada das
tropas macedônias que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram armas abandonadas pelos macedônios no lugar.
Apesar de imponente, ficou em pé durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da baía.
Ptolomeu III
se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha recusaram por
achar que haviam ofendido Hélio. E no fundo do mar ainda era tão
impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi
esquecida até a chegada dos
árabes, que a venderam como sucata.
Farol de Alexandria
O
Farol de Alexandria foi construído a mando de
Ptolomeu I no ano
280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro
helenista Sóstrato de
Cnido.
Sobre uma base quadrada erguia-se a esbelta torre octogonal de
mármore, com uma altura que variava entre 115 e 150 metros de altura,
que por mais de cinco séculos manteve-se entre as mais altas estruturas
feitas pelo homem.
Em seu interior ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava a uma distância de até 50 quilômetros.
À excepção das
pirâmides de Gizé,
foi a que mais tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo
destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em
1994 por mergulhadores.
Outras listas
Mundo medieval
Existem diversas listas sobre as "(sete) maravilhas do mundo
medieval". Mas é pouco provável que estas listas tenham surgido nessa
época, porque a palavra "medieval" foi introduzida na época do
iluminismo e o conceito da
Idade Média tornou-se popular só a partir do
século XVI. O dicionário
Brewer's Dictionary of Phrase & Fable sugere tratá-las como listas desenvolvidas após a Idade Média.
[2]
Muitas das estruturas contidas nestas listas foram construídas antes da Idade Média, mas eram bem conhecidas.
[3]
As listas levam nomes como "Maravilhas da Idade Média" (implicando
nenhuma limitação específica para sete), "Sete Maravilhas da Idade
Média", "Patrimônio Medieval" e outras denominações.
Os representantes mais comuns das sete maravilhas da Idade Média são:
[3]
Porém, existem listas adicionando ainda mais itens, como por exemplo:
Mundo moderno
As novas sete maravilhas do mundo foi uma revisão de caráter informal e recreativo da
lista original das sete maravilhas, idealizada por uma organização suíça chamada
New Open World Corporation (NOWC). A seleção foi feita mundialmente por votos pela internet gratuitos e ligações telefônicas.
Os vencedores foram:
Referência: Wikipédia, a enciclopédia livre.