sexta-feira, 14 de abril de 2017

Mundo



Imigração Ilegal – Estados Unidos

A fronteira dos EUA com o México tornou-se um ponto de encontro para imigrantes le­gais ou ilegais, que todos os dias tentam entrar nos EUA. A cada crise econômica mexica­na, levas e levas de imigrantes tentam passar ilegalmente pela fronteira de 5.000 km de exten­são, obrigando os americanos a criar um sistema de vigilância sistemático.

Trata-se principal­mente dos “braceros“, mão-de-obra não-especializada que vai para os EUA em busca de trabalho temporário. Há, nos EUA e no México, redes de trá­fico de mão-de-obra, exploran­do a condição de dependência dos migrantes ilegais, com práticas que vão desde a emis­são de documentos falsos até o pagamento compulsório de ta­xas a seus “protetores”.
 
A fronteira entre os dois países é na atualidade um dos mais claros limites entre o mundo rico e o mundo pobre. Em quase toda essa faixa fronteiriça, existe um muro intercalado por trechos de arame farpado, controlado diuturnamente pela guarda de fronteira norte-americana e por sofisticados sistemas eletrônicos cujo objetivo é impedir a todo o custo a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos

A cada dia, milhares de pessoas atraídas pela riqueza da maior potência econômica do mundo, tentam cruzar essa fronteira em busca de uma nova vida. Os que não conseguem, permanecem na região esperando uma nova oportunidade. Esta situação gerou uma verdadeira “explosão demográfica” no norte do México, já que além dos próprios mexicanos, multidões de quase toda a América Latina para lá se dirigem. Essa situação gerou enormes bolsões de pobreza que nada ficam a dever às favelas brasileiras. Situação semelhante se repete, em menor escala, no lado norte-americano, como é o caso de McAllen (Texas), considerada a cidade com os piores índices de pobreza em todo os Estados Unidos.

Os perigos, contudo, não desestimulam os candidatos a um emprego nos EUA, onde o salário, mesmo para quem não tem documentação, pode superar os US$ 6 por hora, contra US$ 2 ou menos por dia no México. Hoje em dia, um em cada nove mexicanos vive nos Estados Unidos. Imigrantes respondem por 31% da mão-de-obra não-especializada empregada no país. Mais da metade dos 2,5 milhões de trabalhadores rurais nos EUA são imigrantes ilegais.

A maioria dos brasileiros que mora ilegalmente nos EUA chegou ao país de avião, com vistos de turistas. O visto não dá o direito de trabalhar. Quem viola a regra pode ter o visto invalidado e ser obrigado a deixar o país, embora muitos passem várias décadas nos EUA nessa situação.Quem extrapola o prazo do visto e decide deixar o país espontaneamente pode ficar proibido de retornar ao país por no mínimo três anos, ou, em alguns casos, em definitivo.


Historicamente, brasileiros sem vistos migram para os EUA atravessando a fronteira com o México. São em geral pessoas que tiveram o visto negado no Brasil ou que, por terem vivido ilegalmente nos Estados Unidos, estão banidas de entrar no país.Nos últimos anos, a travessia ficou mais arriscada, à medida em que o governo americano ergueu muros em vários pontos da fronteira, forçando os migrantes a percorrer trajetos mais longos. Muitos se perdem no deserto e morrem por desidratação. 


O Presidente americano,  Donald Trump, estabeleceu em fevereiro de 2017 as novas diretrizes de controle migratório nos Estados Unidos, entre elas acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais e contratar 15.000 novos agentes para combater a imigração ilegal. Sob a administração democrata, imigrantes sem documentos condenados por crimes graves eram a prioridade para a expulsão. Agora, os agentes da imigração, os oficiais da alfândega e os agentes da patrulha fronteiriça vão remover qualquer imigrante condenado por qualquer infração. Isto representa uma notável mudança em relação às diretrizes do governo de Barack Obama, que ordenava não deportar com base em violações menores da lei, como dirigir sem licença ou com faróis apagados.
Neste novo decreto não  se fala de  banimento de pessoas de alguns países de maioria muçulmana. No documento anterior, que foi  cassado pela Justiça por ser inconstitucional, os Estados Unidos  barrava pessoas da Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália, Iêmen e Iraque.

Referências:

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI491818-EI318,00.html

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/02/1860680-governo-trump-divulga-nova-politica-anti-imigracao.shtml


http://veja.abril.com.br/mundo/novo-decreto-anti-imigracao-de-trump-vai-acelerar-deportacoes/



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