Setembro 07 a 18.
Esportes Paralímpicos
Com a disputa de 23 modalidades Paralímpicas. Em 11 dias de
competição, 528 provas valerão medalhas: 225 femininas, 265 masculinas e 38
mistas.
O atletismo faz parte do programa dos Jogos Paraolímpicos desde a
primeira edição, em Roma-1960. Mas foi apenas em 1984 que o Brasil conquistou
as primeiras medalhas na modalidade, em Nova Iorque (EUA) e em Stoke Mandeville
(Inglaterra). Naquele ano, o país faturou seis medalhas de ouro, 12 de prata e
três de bronze no atletismo. No total, o país já faturou 109 medalhas em Jogos
Paraolímpicos, das quais 32 foram de ouro, 47 de prata e 30 de bronze.
Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam saído
feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas
as edições já realizadas dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres passaram a
disputar a modalidade em 1968, nos Jogos de Tel Aviv.
No Brasil, o basquete em cadeira de rodas também tem forte presença na
história do movimento paraolímpico, sendo a primeira modalidade praticada aqui,
a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Depois de
ficar de fora das Paraolimpíadas por 16 anos, a seleção brasileira voltou à
disputa ao conquistar a vaga para Atenas-2004 durante os Jogos
Parapan-Americanos de Mar Del Plata. Apesar da popularidade no país, o Brasil
ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos Paraolímpicos.
As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e
padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de
Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois
toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o
padrão do basquete olímpico.
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou
deficiências severas, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1984, no
masculino e no feminino. A modalidade passou a contar com a disputa em duplas
em Atlanta-1996. A origem do esporte, no entanto, é incerta. Os indícios
dizem que tudo começou na Grécia e no Egito Antigos como um passatempo,
tornando-se um esporte apenas mais tarde, na Itália. No Brasil, a bocha
desembarcou junto com imigrantes italianos.
A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na década de 1970.
Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto, a bocha teve um
antecessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls, uma espécia de
bocha jogada na grama. Foi justamente no lawn bowls que o Brasil
conquistou sua primeira medalha paraolímpica. Róbson Sampaio de Almeida e
Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de Heidelberg, na
Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já conquistou cinco medalhas nos Jogos
Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas de bronze.
Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o
objetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack
ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até
ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
Ao lado do triatlo, a canoagem estreará no programa paraolímpico no Rio
de Janeiro, em 2016. Ainda novo, o esporte teve 31 países representados no
mundial de 2010, na Polônia. Há provas de caiaques (sinalizados pela letra K) e
de canoas havaianas (V).
Em competições paraolímpicas, as embarcações são adaptadas segundo as
habilidades funcionais dos atletas. O percurso é realizado em uma linha reta,
demarcada por bóias, e tem 200 m de extensão. Além das disputas individuais
(masculinas ou femininas), há ainda provas mistas, em barcos com capacidade
para duas pessoas.
Praticado desde a década de 1980, o ciclismo paraolímpico era destinado
apenas aos deficientes visuais. Nas Paraolimpíadas de Nova Iorque-1984, foi
estendido aos paralisados cerebrais e aos amputados, e nas de Seul-1988, passou
a contar com a prova de estrada no programa oficial. Mas foi apenas na edição
de Atlanta-1996 que as deficiências passaram a ser setorizadas em categorias. O
velódromo entrou para a programação naquele ano e, em Sydney-2000, foi exibido
pela primeira vez o handcycling.
A estréia brasileira na modalidade ocorreu em Barcelona-1992, com a
participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do
país a ser campeão mundial, em 1994, na Bélgica. Apesar disso, o Brasil ainda
não conquistou medalhas no ciclismo em Jogos Paraolímpicos.
Seguindo as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a
modalidade adaptada tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paraolímpico. Entre os paralisados cerebrais, por exemplo, as bicicletas podem
ser convencionais ou triciclos, de acordo com o grau de lesão do atleta. Já os
cegos pedalam em uma bicicleta dupla (tandem), sendo guiados por outra pessoa,
que fica no banco da frente. Enquanto isso, o handcycling é movido pelas mãos e
destinado aos cadeirantes.
Praticado desde a década de 1980, o ciclismo paraolímpico era destinado
apenas aos deficientes visuais. Nas Paraolimpíadas de Nova Iorque-1984, foi
estendido aos paralisados cerebrais e aos amputados, e nas de Seul-1988, passou
a contar com a prova de estrada no programa oficial. Mas foi apenas na edição
de Atlanta-1996 que as deficiências passaram a ser setorizadas em categorias. O
velódromo entrou para a programação naquele ano e, em Sydney-2000, foi exibido
pela primeira vez o handcycling.
A estréia brasileira na modalidade ocorreu em Barcelona-1992, com a
participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do
país a ser campeão mundial, em 1994, na Bélgica. Apesar disso, o Brasil ainda
não conquistou medalhas no ciclismo em Jogos Paraolímpicos.
Seguindo as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a
modalidade adaptada tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paraolímpico. Entre os paralisados cerebrais, por exemplo, as bicicletas podem
ser convencionais ou triciclos, de acordo com o grau de lesão do atleta. Já os
cegos pedalam em uma bicicleta dupla (tandem), sendo guiados por outra pessoa,
que fica no banco da frente. Enquanto isso, o handcycling é movido pelas mãos e destinado aos cadeirantes.
Destinada a atletas com deficiência locomotora, a esgrima adaptada
data de 1953 e foi aplicada originalmente pelo médico alemão Ludwig Guttmann, o
pai do movimento paraolímpico. A modalidade, uma das mais tradicionais dos
Jogos Paraolímpicos, é disputada dede a primeira edição dos Jogos, em
Roma-1960.
A disputa segue as regras da Federação Internacional de Esgrima (FIE), mas é
administrada pelo Comitê Executivo de Esgrima do Comitê Paralímpico
Internacional (IPC). Em competição, as pistas medem 4m de comprimento por 1,5m
de largura, e as cadeiras de rodas ficam fixas ao chão. Se um dos esgrimistas
mover a cadeira, o combate é interrompido. Há duelos de florete, espada e
sabre. Para cada prova há uma proteção específica para o competidor e para as
cadeiras, além de regras para a pontuação ser validada.
Em Londres-2012, o Brasil faturou pela primeira vez uma medalha na modalidade,
sendo nada menos do que o ouro. Jeovane Guissone derrotou os franceses Marc
Cratere e Alim Latreche nas quartas de final e na semifinal, respectivamente.
Na decisão, superou a disputa acirrada com Chik Sum Tam, de Hong Kong, por 15 a
14. O gaúcho ficou paralisado após levar um tiro nas costas durante um assalto.
Praticado por atletas cegos, o futebol de 5, ao que tudo indica,
surgiu na Espanha, por volta da década de 1920. No Brasil, há indícios de que
era praticado durante a década de 1950 por cegos que jogavam com latas. Durante
as Olimpíadas das APAEs, em 1978, foi organizado, na cidade de Natal (RN), o
primeiro campeonato da modalidade. Em 1984, ocorreu a primeira Copa Brasil, em
São Paulo. Posteriormente, a Seleção Brasileira participou de edições da Copa
América, conquistando o ouro em 1997, 2001 e 2003. Em 1998, o Brasil foi ainda
o campeão do primeiro Mundial, realizado em Paulínia (SP).
A modalidade só entrou para o programa dos Jogos Paraolímpicos em
Atenas-2004. E o Brasil é, até hoje, o único campeão. O futebol de 5 é
disputado em uma quadra que segue as medidas do futsal, com algumas alterações nas
regras tradicionais.
Os atletas de linha usam vendas nos olhos para evitar qualquer vantagem
dos que apresentem percepção luminosa, enquanto o goleiro consegue enxergar
normalmente. A partida é composta por dois tempos de 25 minutos cada, com
intervalo de 10 minutos. O som dos guizos do interior da bola orienta os
jogadores.
Parte do programa paraolímpico desde a edição de 1984, o futebol de
7 foi criado em Edimburgo (Escócia), na terceira edição dos Jogos
Internacionais para Paralisados Cerebrais, em 1978. Com o passar dos anos, a
modalidade foi sendo divulgada para outros países. Em 1982, foi organizado o
primeiro campeonato mundial, na Dinamarca.
Na história dos Jogos Paraolímpicos, o Brasil soma duas medalhas, com
uma prata e um bronze.
Durante a partida, é obrigatório que ao menos um jogador da classe 5 ou
da 6 esteja em ação, e no máximo dois da 8. Atletas com maiores restrições
costumam atuar como goleiros.
Há ainda outras diferenças em relação ao futebol convencional. O jogo
tem a duração de dois tempos com 30 minutos cada. Além disso, não há a marcação
de impedimento, e o arremesso lateral pode ser feito com uma mão só.
Em vez de adaptar uma modalidade às necessidades dos deficientes, o
austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle criaram, em 1946, um novo
esporte direcionado aos veteranos da Segunda Guerra Mundial que haviam perdido
a visão. A apresentação do goalball foi feita nos Jogos de Toronto, 30 anos
depois. A partir dali, passaram a ser organizados campeonatos mundiais e, em
1980, a modalidade estreou nas Paraolimpíadas de Arnhem. As mulheres entraram
para a disputa em 1984.
No Brasil, o goalball começou a ser praticado em 1985 e, 10 anos depois,
a seleção nacional já conquistou a medalha de prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Buenos Aires. A estreia nos Jogos Paraolímpicos foi em
Pequim-2008. Apenas quatro anos depois, em Londres-2012, a equipe masculina
ficou com a inédita medalha de prata.
Para as partidas, a quadra deve ter 9m de largura por 18m de
comprimento. O jogo é dividido em dois tempos de doze minutos cada e as equipes
são formadas por três jogadores titulares e três reservas, sendo que todos
exercem, ao mesmo tempo, as funções de ataque e defesa. Assim como no futebol
de cinco, há um guizo no interior da bola para emitir sons. Todos os atletas
usam vendas nos olhos para não beneficiar quem tenha percepções luminosas.
Anteriormente praticado apenas por homens com lesões da coluna
vertebral, o halterofilismo estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1964, em Tóquio.
Somente a partir de 1996 as mulheres entraram para a disputa. A modalidade é
praticada hoje por mais de cem países.
O primeiro representante brasileiro foi Marcelo Motta, em Atlanta. Já em
Sydney, o país contou com Alexander Whitaker, João Euzébio e Terezinha Mulato.
Para a competição, os atletas são divididos em categorias conforme o peso
corporal, assim como no halterofilismo convencional.
Com as primeiras competições registradas na Inglaterra e em países
da Escandinávia na década de 1970, o hipismo estreou nos Jogos Paraolímpicos em
Nova York e Stoke Mandeville, em 1984. No entanto, com pouca popularidade, a
modalidade ficou de fora da programação oficial até os Jogos de Atlanta-1996.
No Brasil, o esporte é praticado desde 2002. A primeira vaga do país para os
Jogos foi assegurada por Marcos Fernandes Alves, mais conhecido como Joca, após
o atletas faturar duas medalhas de ouro durante o Parapan de Mar del Plata, em
2003. No total, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos,
ambas com Marcos Fernandes Alves, em Pequim-2008.
Única arte marcial que compõe o programa paraolímpico, o judô para
atletas cegos é praticado desde a década de 70, tendo estreado no masculino nos
Jogos em Seul-1988, e no feminino, em Seul-1988, e no feminino, em Atenas-2004.
Desde o início, o Brasil revelou ter grande força na modalidade. Logo na
estréia, três atletas conquistaram a medalha de bronze: Jaime de Oliveira (até
60 kg), Júlio Silva (até 65 kg) e Leonel Cunha (acima de 95 kg). Mas a primeira
vez do país no topo do pódio foi em Atlanta-1996, quando Antônio Tenório
faturou o ouro na categoria até 86 kg. O judoca ainda repetiu o feito em
Sydney-2000 (até 90 kg), Atenas-2004 (até 100 kg) e Pequim-2008 (100 kg). Em
Londres-2012, Tenório ficou com o bronze. No total, o país acumula 18 medalhas
nos Jogos, sendo quatro de ouro, cinco de prata e nove de bronze.
Uma das modalidades que reúne o maior número de participantes, a natação
compõe o programa paraolímpico desde a primeira edição dos Jogos, em Roma-1960.
A princípio, participavam das disputas apenas atletas com lesões medulares. Com
o passar dos tempos, o esporte foi se estendendo a outras categorias de
deficiências, tanto físicas quanto visuais e intelectuais.
O Brasil começou a ganhar força na natação em Stoke Mandeville (1984),
ano em que faturou uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Outro
ano de grande destaque foi 2004, em Atenas, quando o país conquistou sete
medalhas de ouro (sendo seis de Clodoaldo Silva), três de prata e uma de
bronze. Nos anos seguintes, ainda mais vitórias: Daniel Dias foi o responsável
por conquistar, sozinho, nove medalhas em Pequim, sendo quatro de ouro. Em
Londres, o atleta chegou à conquista de seis ouros. No total, o Brasil já
conquistou 83 medalhas em Jogos Paraolímpicos, sendo 28 de ouro, 27 de prata e
28 de bronze. É a segunda modalidade que mais medalhas deu ao Brasil nos Jogos,
atrás apenas do atletismo (109).
Há algumas adaptações nas regras da Federação Internacional de Natação
(Fina) para as disputas paraolímpicas. Dependendo da deficiência, os atletas
podem largar de dentro da água, sentados ou ao lado do bloco de partida. Também
há casos em que recebem auxílio do técnico ou de um voluntário para a largada.
Já entre os deficientes visuais, o tapper é a pessoa que usa um bastão, com
ponta de espuma, para avisar o atleta sobre o momento da virada e da chegada.
Nesse caso, os óculos dos atletas são opacos, para assegurar a igualdade de
condições na prova.
No Brasil, o remo adaptado data da década de 1980, quando foi iniciado
um programa de reabilitação no Rio de Janeiro para pessoas com deficiências.
Mas foi apenas em 2001 que a Federação Internacional de Remo (Fisa) solicitou
formalmente a inclusão da modalidade nos Jogos Paraolímpicos que seriam
realizados dali a sete anos, em Pequim-2008. O Brasil possui apenas uma medalha
na modalidade, de prata, conquistada em Pequim-2008.
O primeiro Mundial, em 2002, foi realizado na Espanha e contou com a
participação de sete países. Naquele ano, foi assinado um protocolo em que as
nações se comprometiam a desenvolver a modalidade. Dois anos depois, o Mundial teve
24 países representados.
Com provas em um percurso de 1.000 m, o remo adaptado recebe essa
nomenclatura por ter alterações nos barcos para conferir segurança aos atletas
com deficiências. Nas embarcações, podem competir uma, duas ou quatro pessoas,
com diferentes tipos de limitação. A divisão por classes é feita de acordo com
o membro utilizado pelo competidor para a propulsão.
O rúgbi em cadeira de rodas nasceu na década de 1970, em Winnipeg, no
Canadá, e foi desenvolvido por atletas tetraplégicos. No entanto, a modalidade
só foi nos Jogos Paraolímpicos de Atlanta-1996, como esporte de demonstração. A
estreia oficial ocorreu quatro anos depois, nos Jogos de Sydney-2000, no qual
os Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro, deixando a Austrália com a
prata e a Nova Zelândia com o bronze.
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade para cadeirantes tem
muito contato físico. São quatro atletas em cada equipe, que contam ainda com 8
reservas cada. Os jogos ocorrem em quadras de 15m de largura por 28m de
comprimento e têm 4 períodos de 8 minutos. O objetivo é passar da linha do gol
com as duas rodas da cadeira e a bola nas mãos.
O curioso do rúgbi em cadeira de rodas é que ele não é dividido por
gênero. Homens e mulheres jogam juntos em uma categoria mista. Estão aptos a
disputar a modalidade atletas que sejam comprovadamente tetraplégicos, que são
divididos em classes de acordo com a habilidade funcional.
O Brasil ainda não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas. O país
nunca participou dos Jogos. As equipes mais fortes do esporte são o Canadá e os
Estados Unidos, os primeiros a praticar e difundir a modalidade, e a Austrália
e a Nova Zelândia, países nos quais o rúgbi convencional é muito praticado.
O tiro com arco é uma das mais tradicionais modalidades dos Jogos
Paraolímpicos e esteve presente em todas as edições, desde Roma-1960 até
Londres-2012. A história do esporte é ainda mais antigo. O que começou como
atividade de recreação e recuperação rapidamente se transformou em competição.
Os primeiros registros de torneios de tiro com arco datam de 1948, na
Inglaterra.
Uma característica marcante e até inusitada do tiro com arco nas
Paraolimpíadas é que as provas foram disputadas por homens e mulheres desde o
início. Ao contrário da história de diversas outras modalidades, que começaram
com disputas exclusivamente masculinas, o tiro com arco incluiu as mulheres
desde seus primeiros passos. Além das provas individuais, a modalidade ainda
conta com a disputa por equipes.
A história do tiro esportivo nos Jogos Paraolímpicos começou em 1976, em
Toronto. A primeira edição da modalidade, no entanto, foi disputada apenas por
homens. Mas isso não durou muito. Já em Arnhem-1980 as mulheres entraram na
briga por medalhas. O tiro esportivo, por sinal, tem um histórico de muitas
mudanças ao longo das edições das Paraolimpíadas.
Em 1984, ano em que os Jogos foram disputados em duas cidades — Nova
York, nos Estados Unidos, e Stoke Mandeville, na Inglatera —, as categorias
mistas do tiro esportivo foram retiradas do programa. Oito anos mais tarde,
nova mudança. Em Barcelona-1992, as provas mistas retornaram, mas desta vez
substituindo as disputas no feminino. O tiro voltou a ter provas masculinas,
femininas e mistas quatro anos depois, em Atlanta-1996, formato utilizado até
hoje.
A história do Brasil no tiro esportivo paraolímpico é ainda mais
recente. A modalidade deu seus primeiros passos em 1997, no Centro de
Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O caminho até as
Paraolimpíadas foi longo. Participando aos poucos de competições
internacionais, o país fez sua primeira aparição nos Jogos em Pequim-2008, com
o atleta Carlos Garletti.
Nova modalidade a integrar o programa paralímpico a partir do
Rio-2016, o triatlo vem ganhando cada vez mais adeptos. A prova engloba 750 m
de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, e pode ser praticada por
pessoas com variados tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou
cegos. Juntamente com a canoagem, o triatlo foi escolhido pelo Comitê
Paralímpico Internacional (IPC) entre sete esportes candidatos e anunciado oficialmente
em dezembro de 2010.
Há algumas adaptações em relação à modalidade convencional, como a
possibilidade de paraplégicos ou cadeirantes usarem a handycle, uma bicicleta
manual em que os pedais são impulsionados com as mãos. O trecho de corrida pode
ser realizado com a cadeira de rodas. Em 2016, a competição será realizada na
praia de Copacabana.
A história e a evolução do tênis de mesa se confundem com as
Paraolimpíadas. A modalidade está presente nos Jogos desde a primeira edição,
em Roma-1960. Até chegar no formato atual de disputa, com medalhas nas
categorias individual e por equipes tanto no masculino quanto no feminino, o
tênis de mesa passou por diversas experiências.
Em Roma-1960, os atletas competiram em jogos de simples e duplas, no masculino
e no feminino. E foi assim até os Jogos de Heidelberg-1972, quando entraram em
cena a competição por equipes. Em Arnhem-1980, por exemplo, os atletas só
disputaram partidas no individual e por equipes, deixando de fora as duplas. Em
1984 e 1988 entrou no programa o open. Em 1992, em Barcelona, voltaram apenas
as disputas individuais e por equipes. Mas em Atenas-2004, houve novamente
partidas de duplas.
Embora tenha uma longa história, o tênis de mesa paraolímpico chegou ao Brasil
em 1995, junto com a criação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Mesmo
ainda recente no país, a modalidade já teve representantes brasileiros nos
Jogos de Atlanta-1996, quando os mesatenistas Francisco Eugênio Braga, Luiz
Algacir e Maria Luiza Pereira competiram. O Brasil tem uma medalha de prata em
seu currículo na modalidade, conquistada por Welder Knaf e Luiz Algacir Silva,
em Pequim-2008, na disputa por equipes.
A origem do tênis em cadeira de rodas é norte-americana. Foi em 1976 que
Jeff Minnenbraker e Brad Parks criaram as primeiras cadeiras adaptadas para o
esporte. Não demorou nem um ano para que o primeiro torneio fosse realizado, na
Calofórnia. O tênis em cadeira de rodas se difundiu rapidamente nos Estados
Unidos, tanto que em 1980 foi disputado o primeiro campeonato nacional da
modalidade.
Quando foi criada a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas
(IWTF, em inglês), em 1988, o esporte já estava bem encaminhado para se tornar
paraolímpico. Tanto que naquele mesmo ano a modalidade participou dos Jogos de
Seul como exibição. Outro passo importante foi dado em 1991, ano em que a IWTF
foi incorporada à Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês), até hoje
responsável pelo tênis em cadeira de rodas. No ano seguinte, nos Jogos de
Barcelona-1992, a disputa paraolímpica foi oficializada, valendo medalhas pela
primeira vez.
No Brasil, o primeiro atleta a ter contato com o tênis em cadeira de
rodas foi José Carlos Morais. Ele conheceu o esporte em 1985, na Inglaterra,
quando competia com a seleção de basquete em cadeira de rodas. Onze anos
depois, Morais foi aos Jogos Paraolímpicos de Atlanta e, ao lado de Francisco
Reis Junior, se tornou o primeiro brasileiro a representar o país na
modalidade.
Um dos mais tradicionais esportes olímpicos, a vela foi adaptada para os
atletas paraolímpicos recentemente. Em Atlanta-1996 apareceu como demonstração
nos Jogos, e quatro anos mais tarde, em Sydney-2000, passou a valer medalhas.
A modalidade é disputada em três categorias, todas sem divisão por
gênero. Homens e mulheres competem juntos nas classes 2.4mr, Sonar e SKUD-18. A
2.4mr é individual, enquanto a Sonar leva três atletas e a SKUD-18 é composta
por duplas, sendo um integrante obrigatoriamente do sexo feminino.
A vela paraolímpica é aberta a atletas com qualquer tipo de deficiência.
O sistema de classificação é feito levando em consideração a estabilidade, a
mobilidade, a visão e funções motoras das mãos. Em Londres-2012, um total de 80
velejadores participou das regatas.
O vôlei sentado surgiu da junção do vôlei convencional com um esporte
alemão praticado por pessoas com pouca mobilidade, mas sem rede, chamado
sitzbal. A união das duas modalidades fez surgir o vôlei sentado em 1956.
Utilizando basicamente as regras do vôlei, o esporte tem um ritmo frenético e é
disputado oficialmente desde as Paraolimpíadas de Arnhem-1980, na Holanda. Em
Toronto-1976 apareceu como exibição.
Quando entrou no programa paraolímpico, o vôlei sentado dividia espaço
com a modalidade disputada em pé. Após 24 anos compartilhando os holofotes, a
modalidade ganhou destaque de vez a partir dos Jogos de Atenas-2004, quando o
vôlei paraolímpico passou a ser disputado apenas com os atletas sentados.
Podem competir no vôlei sentado jogadores amputados, paralisados
cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de
deficiência locomotora. Uma das regras principais do esporte é que os atletas
não podem bater na bola sem estar em contato com o solo.
Referências:
Wikipedia em https://pt.wikipedia.org
COB em www.cob.org.br