terça-feira, 19 de julho de 2016

O futuro do mundo.



O futuro do mundo.

Um mundo mais quente

Nos próximos 100 anos, a temperatura média global deve aumentar entre 4ºC e 8ºC. De acordo com Hilton Silveira Pinto, diretor associado do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, os polos são as áreas que mais vão sentir esse aquecimento. No Brasil, o Nordeste e a região amazônica devem registrar um aumento de 6ºC a 8ºC em sua temperatura média. Mesmo com a dificuldade em quantificar as razões do aquecimento global, o professor acredita que a maior influência seja da atividade humana, com a emissão de gases do efeito estufa.
Para os oceanos, estima-se um aumento de 2ºC na temperatura média. Pode parecer pouco, mas imagine a quantidade necessária de calor para elevar a temperatura de todo o planeta Terra. 'É preciso uma energia consideravelmente grande para afetar um corpo com 40 mil km de diâmetro', define o coordenador do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rualdo Menegat. Esses aumentos vão fazer a diferença no modo como viverá a humanidade, seja no planejamento das grandes cidades ou na nossa saúde e na fauna e flora ao redor do globo.


Deserto no Nordeste,
chuva no Sul

Para 2050, especialistas estimam 5% de diminuição de chuva para a região do Nordeste brasileiro. A partir daí, segundo Hilton Silveira Pinto, professor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, é possível que se inicie um processo de desertificação na região, com exceção do seu litoral. 'Essa é a tendência para áreas mais secas. No mundo, já se observa esse fenômeno, como no deserto do Saara, que já expandiu suas dimensões na Nigéria e continuará expandido', destaca Pinto.
Enquanto isso, no sul do Brasil, gaúchos e catarinenses devem se preparar para mais chuva: é possível que haja um aumento na média pluviométrica de até 10% para o próximo século, de acordo com o professor da Unicamp.


Mapas alterados

O aumento previsto na temperatura média da Terra não será suficiente para derreter a Antártica, conforme projetam os mais apocalípticos, diz o professor Rualdo Menegat. Contudo, considerando-se que o nível dos oceanos poderá subir de 60 cm a 1 m, estima-se que o derretimento do gelo poderá alagar regiões costeiras, principalmente na Ásia, como o litoral de Bangladesh. Regiões do Brasil e da África e o sul dos Estados Unidos também deverão sofrer alterações nas suas margens.
Segundo o professor, pequenas ilhas paradisíacas do Pacífico, como a Ilha de Biquíni, poderão desaparecer. 'Milhares de pessoas serão desalojadas, aumentando o número de refugiados ambientais, pressionando essas populações para os centros urbanos', conclui.

População mais velha
e multicultural

Somos hoje 7 bilhões de pessoas no mundo. No ano de 2050, as Nações Unidas estimam que seremos 9,1 bilhões. A população que mais contribuirá para esse crescimento será a dos países em desenvolvimento: de 5,6 bilhões (dado de 2009) para 7,9 bilhões em 2050. Acredita-se que, em 2050, devemos chegar a uma estabilidade populacional e cresceremos numa velocidade menor. Se a tendência atual se mantiver, seremos uma população cada vez mais velha. A estimativa atual é que, de 2009 para 2050, o total de adultos com mais de 60 anos em todo o mundo salte de 739 milhões para 2 bilhões.
Mas não é só em números que o mapa demográfico do mundo apresenta mudanças. Alterações climáticas e avanços tecnológicos nas áreas rurais serão responsáveis por migrações cada vez mais frequentes para os centros urbanos. Segundo o coordenador do curso de Geologia da Ufrgs, Rualdo Menegat, as cidades devem assistir seu número de habitantes dobrar nos próximos anos, quando 80% da população mundial for urbana. Ele define o próximo século como a época em que o maior desafio para o homem será a capacidade de conviver com multiplicidade de culturas. 'Nosso maior desafio não será tecnológico, mas cultural e educacional. O que foi o massacre na Noruega senão uma intolerância daquele moço em conviver com as diferenças?'


Escassez de água

Daqui 40 anos, quando acredita-se que a população irá atingir uma estabilidade no seu crescimento, serão 4 bilhões de pessoas vivendo em áreas de escassez d’água. As regiões mais problemáticas deverão ser as mesmas de hoje: sudeste asiático, grande parte da África e Oriente Médio. No entanto, o professor do departamento de Ciências Ambientais da PUC-SP Paulo Moraes, não acredita em conflitos de dimensões internacionais. 'Eu acredito em soluções pacíficas para o problema, afinal, creio na evolução humana', diz o geógrafo.
Para ele, é importante destacar que não só regiões com escassez do recurso hídrico na natureza podem ser prejudicadas. Também é preciso estar atento às áreas de alta densidade demográfica. No Brasil, onde está 16% de toda água potável do mundo, o Estado de São Paulo já sofre com o problema. 'Atualmente, parte do abastecimento da Grande São Paulo vem de Minas Gerais', diz o professor.

Animais extintos

Espécies aquáticas são as que mais correm risco de desaparecer nos próximos anos. A elevação do nível do oceano e o aumento da temperatura, consequências do aquecimento global, afetarão diretamente a vida das espécies que vivem em ilhas oceânicas, ambientes costeiros (praias, manguezais e restingas) e ambientes coralíneos, diz o coordenador-geral de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ugo Eichler Vercillo.
Ele cita como exemplo de espécies que correrão risco de extinção em 100 anos, tartarugas marinhas, peixe-boi, peixes residentes em corais, aves oceânicas e migratórias. O crescimento urbano é apontado pelo analista ambiental como outra razão que pode provocar extinção de animais a longo prazo. 'A expansão das cidades fragmenta ambientes e retira o habitat natural de espécies, diminuindo a oferta de alimento e segregando grupos. Esse fator poderá levar a extinção espécies como o sauim-de-Manaus (Saguinus bicolor) e a rãzinha Physalaemus soaresi', observa. Hoje a lista oficial de espécies ameaçadas no Brasil é de 627 espécies, sendo duas extintas na natureza e 125 consideradas Criticamente em Perigo (CR), de acordo com o ICMBio.

Cidades verticalizadas

Com as atividades no campo cada vez mais tecnificadas, a tendência é que a população rural migre para as cidades. Em 100 anos, os centros urbanos estarão ainda mais densos, com grande concentração dos seus moradores, acredita o professor doutor Lauro Luiz Francisco Filho, responsável pela área de urbanismo da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.
Desde os planos diretores da década de 1950, as cidades são segregadas em áreas residenciais, comerciais e industriais, observa. Mas as distâncias e o inchaço das cidades causaram um problema conhecido do homem urbano hoje: o congestionamento do trânsito. 'Será importante encurtar distância, ter uma cidade compacta, por isso a verticalização. Não saberia dizer se a tendência são prédio gigantes, como os de 400 andares de Dubai, ou se medianos, com 50 andares', explica.

Trânsito limpo, silencioso
e inteligente

No próximo século, é bem provável que o homem se admire ao descobrir como funcionavam os veículos dos bisavós. 'As pessoas vão perguntar: 'mas os carros lançavam gás carbônico na atmosfera?', prevê o professor da Unicamp Lauro Luiz Francisco Filho. Para ele, a tendência é que predominem veículos coletivos e movidos a energias limpas, como os ônibus movidos a hidrogênio, mais silenciosos.
Em São Paulo, desde dezembro de 2010 já está em circulação um protótipo, mas ele ainda custa cerca de três vezes mais do que um ônibus convencional – algo que deve mudar quando a produção for nacional e em larga escala.
Silenciosos e 'limpos' também são os carros elétricos, outra aposta do professor. Em 100 anos, eles devem substituir de vez os automóveis a gasolina e álcool. No ano passado, uma montadora lançou o primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala, mas o veículo ainda não é comercializado no Brasil.
Além de um carro elétrico, que tal entrar em uma via rápida com a garantia de que não haverá engarrafamento? Para Francisco Filho, no futuro será possível andar em sistemas de trânsito inteligentes, nos quais os carros andarão em comboio, engatados uns nos outros e se comunicando, evitando imprevistos. Inclusive, já está em desenvolvimento a tecnologia de sensores de proximidade para automóveis, que poderão trocar informação, mantendo, por exemplo, distância e aceleração calculadas para não prejudicar o fluxo do trânsito.

Referências:

Terra em http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/mundo-100anos/







O que é cidadania?


O que é cidadania?

No decorrer da história da humanidade surgiram diversos entendimentos de cidadania em diferentes momentos – Grécia e Roma da Idade Antiga e Europa da Idade Média. Contudo, o conceito de cidadania como conhecemos hoje, insere-se no contexto do surgimento da Modernidade e da estruturação do Estado-Nação.

O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição. Ao contrário dos direitos humanos – que tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua dignidade –, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas categorias: formal e substantiva.

A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de pertencimento a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em segundo lugar, na ciência política e sociologia o termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.

A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de T.H. Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a extensão dos direitos civis, políticos e sociais para toda a população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª Guerra Mundial, após 1945, com aumento substancial dos direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) – estabelecendo princípios mais coletivistas e igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político.
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.

No Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das extraordinárias conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está muito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial.

Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil a trajetória dos direitos seguiu lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais, implantados em período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto deu-se em outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em peça decorativa do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de cabeça para baixo”.

Nos países ocidentais, a cidadania moderna se constituiu por etapas. T. H. Marshall afirma que a cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito:

1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; direito de propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;

2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;

3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes 
na sociedade, que são conquistas do século 20.

Referências:

UOL em brasilescola.uol.com.br/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm

Medidas de combate a corrupção no Brasil.


Julho de 2016

Deverá entrar em votação na câmara de deputados uma lista com as medidas de combate à corrupção.

Essa lista se encontra nos itens listados abaixo.


1) Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação
- Regras para prestação de contas por parte de tribunais e procuradorias, além de investimento mínimo em publicidade de combate à corrupção, com ações de conscientização e educação;
- Testes de integridade: um agente público disfarçado poderá oferecer propina para uma autoridade suspeita; se ela aceitar, poderá ser punida na esfera administrativa, penal e cível;
- Manter em segredo a identidade de um delator que colaborar com as investigações, dando maior segurança ao informante.

2) Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos
- Posse de recursos sem origem comprovada e incompatível com a renda do servidor se tornaria crime, com pena de 3 a 8 anos de prisão.

3) Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores
- Punição mínima por corrupção (recebimento de vantagem indevida em troca de favor) passaria de 2 para 4 anos de prisão. Aumenta também o prazo de prescrição (quando se perde o direito de punir), que passaria de 4 para 8 anos;
- Quanto maior o volume de dinheiro envolvido, maior a pena. Até R$ 80 mil, pena varia de 4 a 12 anos. Se a propina passar de R$ 80 mil, pena será de 7 a 15 anos. Se for maior que R$ 800 mil, prisão será de 10 a 18 anos. Caso seja superior a R$ 8 milhões, punição será de 12 a 25 anos de prisão.

4) Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal
- Trânsito em julgado (declarar a decisão definitiva) quando o recurso apresentado for protelatório ou for caracterizado abusivo o direito de recorrer;
- Mudança nas regras para apresentação de contrarrazões em segunda instância, revogação dos embargos infringentes, extinção da revisão do voto do relator no julgamento da apelação, mudança na regra dos embargos de declaração, do recurso extraordinário e dos habeas corpus em diversos dispositivos;
- Possibilidade de execução provisória da pena após o julgamento na instância superior.

5) Celeridade nas ações de improbidade administrativa
- Acaba com fase preliminar da ação de improbidade administrativa e prevê agravo retido contra decisão que receber a ação;
- Criação de turmas, câmaras e varas especializadas no âmbito do Poder Judiciário;
- Instituição do acordo de leniência para processos de improbidade administrativa – atualmente existente apenas em processos penais, na forma de delação premiada; e administrativos, na apuração dos próprios órgãos públicos.

6) Reforma do sistema de prescrição penal
- Fim da “prescrição retroativa”: pela qual o juiz aplica a sentença ao final, mas o prazo é projetado para o passado a partir do recebimento da denúncia.

7) Ajustes nas nulidades penais
- Restringir as nulidades processuais a casos em que são necessários;
- Introduzir o balanço de custos e benefícios na anulação de um processo.

8) Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do 'caixa dois'
- Responsabilidade objetiva dos partidos políticos pelo caixa 2. Com isso, o partido poderá ser punido mesmo se não ficar provada culpa do dirigente partidário, mas ficar comprovado que a legenda recebeu recursos não declarados à Justiça Eleitoral;
- Quanto mais grave, maior a punição: além de multas maiores, o partido poderá também ter o funcionamento suspenso se for reincidente ou mesmo ter o registro cancelado.

9) Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado
- Possibilidade de prisão preventiva (antes da condenação, por tempo indeterminado), caso se comprove que o suspeito mantenha recursos fora do país.- Fim da “prescrição retroativa”: pela qual o juiz aplica a sentença ao final, mas o prazo é projetado para o passado a partir do recebimento da denúncia.

10) Recuperação do lucro derivado do crime
- Confisco alargado: obriga o criminoso a devolver todo o dinheiro que possui em sua conta, exceto recursos que comprovar terem origem lícita;
- Ação civil de extinção de domínio: possibilita recuperar bens de origem ilícita, mesmo que não haja a responsabilização do autor do fato ilícito, em caso de morte ou prescrição, por exemplo.

Referências:

http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/

Paralimpíadas 2016




Paralimpíadas 2016
 Setembro 07 a 18.

Esportes Paralímpicos

Com a disputa de 23 modalidades Paralímpicas. Em 11 dias de competição, 528 provas valerão medalhas: 225 femininas, 265 masculinas e 38 mistas.

Esportes Paralímpicos

O atletismo faz parte do programa dos Jogos Paraolímpicos desde a primeira edição, em Roma-1960. Mas foi apenas em 1984 que o Brasil conquistou as primeiras medalhas na modalidade, em Nova Iorque (EUA) e em Stoke Mandeville (Inglaterra). Naquele ano, o país faturou seis medalhas de ouro, 12 de prata e três de bronze no atletismo. No total, o país já faturou 109 medalhas em Jogos Paraolímpicos, das quais 32 foram de ouro, 47 de prata e 30 de bronze.

Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam saído feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres passaram a disputar a modalidade em 1968, nos Jogos de Tel Aviv.
No Brasil, o basquete em cadeira de rodas também tem forte presença na história do movimento paraolímpico, sendo a primeira modalidade praticada aqui, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Depois de ficar de fora das Paraolimpíadas por 16 anos, a seleção brasileira voltou à disputa ao conquistar a vaga para Atenas-2004 durante os Jogos Parapan-Americanos de Mar Del Plata. Apesar da popularidade no país, o Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos Paraolímpicos.
As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico.

Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1984, no masculino e no feminino. A modalidade passou a contar com a disputa em duplas em Atlanta-1996. A origem do esporte, no entanto, é incerta. Os indícios dizem que tudo começou na Grécia e no Egito Antigos como um passatempo, tornando-se um esporte apenas mais tarde, na Itália. No Brasil, a bocha desembarcou junto com imigrantes italianos.

A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na década de 1970. Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto, a bocha teve um antecessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls, uma espécia de bocha jogada na grama. Foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha paraolímpica. Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já conquistou cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas de bronze.
Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o objetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
Ao lado do triatlo, a canoagem estreará no programa paraolímpico no Rio de Janeiro, em 2016. Ainda novo, o esporte teve 31 países representados no mundial de 2010, na Polônia. Há provas de caiaques (sinalizados pela letra K) e de canoas havaianas (V).
Em competições paraolímpicas, as embarcações são adaptadas segundo as habilidades funcionais dos atletas. O percurso é realizado em uma linha reta, demarcada por bóias, e tem 200 m de extensão. Além das disputas individuais (masculinas ou femininas), há ainda provas mistas, em barcos com capacidade para duas pessoas.

Praticado desde a década de 1980, o ciclismo paraolímpico era destinado apenas aos deficientes visuais. Nas Paraolimpíadas de Nova Iorque-1984, foi estendido aos paralisados cerebrais e aos amputados, e nas de Seul-1988, passou a contar com a prova de estrada no programa oficial. Mas foi apenas na edição de Atlanta-1996 que as deficiências passaram a ser setorizadas em categorias. O velódromo entrou para a programação naquele ano e, em Sydney-2000, foi exibido pela primeira vez o handcycling.
A estréia brasileira na modalidade ocorreu em Barcelona-1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão mundial, em 1994, na Bélgica. Apesar disso, o Brasil ainda não conquistou medalhas no ciclismo em Jogos Paraolímpicos.
Seguindo as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade adaptada tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa paraolímpico. Entre os paralisados cerebrais, por exemplo, as bicicletas podem ser convencionais ou triciclos, de acordo com o grau de lesão do atleta. Já os cegos pedalam em uma bicicleta dupla (tandem), sendo guiados por outra pessoa, que fica no banco da frente. Enquanto isso, o handcycling é movido pelas mãos e destinado aos cadeirantes.

Ciclismo de Pista                                                                                                                                          
Praticado desde a década de 1980, o ciclismo paraolímpico era destinado apenas aos deficientes visuais. Nas Paraolimpíadas de Nova Iorque-1984, foi estendido aos paralisados cerebrais e aos amputados, e nas de Seul-1988, passou a contar com a prova de estrada no programa oficial. Mas foi apenas na edição de Atlanta-1996 que as deficiências passaram a ser setorizadas em categorias. O velódromo entrou para a programação naquele ano e, em Sydney-2000, foi exibido pela primeira vez o handcycling.
A estréia brasileira na modalidade ocorreu em Barcelona-1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão mundial, em 1994, na Bélgica. Apesar disso, o Brasil ainda não conquistou medalhas no ciclismo em Jogos Paraolímpicos.
Seguindo as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade adaptada tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa paraolímpico. Entre os paralisados cerebrais, por exemplo, as bicicletas podem ser convencionais ou triciclos, de acordo com o grau de lesão do atleta. Já os cegos pedalam em uma bicicleta dupla (tandem), sendo guiados por outra pessoa, que fica no banco da frente. Enquanto isso, o handcycling é movido pelas mãos e destinado aos cadeirantes.

Destinada a atletas com deficiência locomotora, a esgrima adaptada data de 1953 e foi aplicada originalmente pelo médico alemão Ludwig Guttmann, o pai do movimento paraolímpico. A modalidade, uma das mais tradicionais dos Jogos Paraolímpicos, é disputada dede a primeira edição dos Jogos, em Roma-1960.

A disputa segue as regras da Federação Internacional de Esgrima (FIE), mas é administrada pelo Comitê Executivo de Esgrima do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Em competição, as pistas medem 4m de comprimento por 1,5m de largura, e as cadeiras de rodas ficam fixas ao chão. Se um dos esgrimistas mover a cadeira, o combate é interrompido. Há duelos de florete, espada e sabre. Para cada prova há uma proteção específica para o competidor e para as cadeiras, além de regras para a pontuação ser validada.

Em Londres-2012, o Brasil faturou pela primeira vez uma medalha na modalidade, sendo nada menos do que o ouro. Jeovane Guissone derrotou os franceses Marc Cratere e Alim Latreche nas quartas de final e na semifinal, respectivamente. Na decisão, superou a disputa acirrada com Chik Sum Tam, de Hong Kong, por 15 a 14. O gaúcho ficou paralisado após levar um tiro nas costas durante um assalto.

Praticado por atletas cegos, o futebol de 5, ao que tudo indica, surgiu na Espanha, por volta da década de 1920. No Brasil, há indícios de que era praticado durante a década de 1950 por cegos que jogavam com latas. Durante as Olimpíadas das APAEs, em 1978, foi organizado, na cidade de Natal (RN), o primeiro campeonato da modalidade. Em 1984, ocorreu a primeira Copa Brasil, em São Paulo. Posteriormente, a Seleção Brasileira participou de edições da Copa América, conquistando o ouro em 1997, 2001 e 2003. Em 1998, o Brasil foi ainda o campeão do primeiro Mundial, realizado em Paulínia (SP).
A modalidade só entrou para o programa dos Jogos Paraolímpicos em Atenas-2004. E o Brasil é, até hoje, o único campeão. O futebol de 5 é disputado em uma quadra que segue as medidas do futsal, com algumas alterações nas regras tradicionais.
Os atletas de linha usam vendas nos olhos para evitar qualquer vantagem dos que apresentem percepção luminosa, enquanto o goleiro consegue enxergar normalmente. A partida é composta por dois tempos de 25 minutos cada, com intervalo de 10 minutos. O som dos guizos do interior da bola orienta os jogadores.





Parte do programa paraolímpico desde a edição de 1984, o futebol de 7 foi criado em Edimburgo (Escócia), na terceira edição dos Jogos Internacionais para Paralisados Cerebrais, em 1978. Com o passar dos anos, a modalidade foi sendo divulgada para outros países. Em 1982, foi organizado o primeiro campeonato mundial, na Dinamarca.
Na história dos Jogos Paraolímpicos, o Brasil soma duas medalhas, com uma prata e um bronze.
Durante a partida, é obrigatório que ao menos um jogador da classe 5 ou da 6 esteja em ação, e no máximo dois da 8. Atletas com maiores restrições costumam atuar como goleiros.
Há ainda outras diferenças em relação ao futebol convencional. O jogo tem a duração de dois tempos com 30 minutos cada. Além disso, não há a marcação de impedimento, e o arremesso lateral pode ser feito com uma mão só.

Em vez de adaptar uma modalidade às necessidades dos deficientes, o austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle criaram, em 1946, um novo esporte direcionado aos veteranos da Segunda Guerra Mundial que haviam perdido a visão. A apresentação do goalball foi feita nos Jogos de Toronto, 30 anos depois. A partir dali, passaram a ser organizados campeonatos mundiais e, em 1980, a modalidade estreou nas Paraolimpíadas de Arnhem. As mulheres entraram para a disputa em 1984.
No Brasil, o goalball começou a ser praticado em 1985 e, 10 anos depois, a seleção nacional já conquistou a medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Buenos Aires. A estreia nos Jogos Paraolímpicos foi em Pequim-2008. Apenas quatro anos depois, em Londres-2012, a equipe masculina ficou com a inédita medalha de prata.
Para as partidas, a quadra deve ter 9m de largura por 18m de comprimento. O jogo é dividido em dois tempos de doze minutos cada e as equipes são formadas por três jogadores titulares e três reservas, sendo que todos exercem, ao mesmo tempo, as funções de ataque e defesa. Assim como no futebol de cinco, há um guizo no interior da bola para emitir sons. Todos os atletas usam vendas nos olhos para não beneficiar quem tenha percepções luminosas.

Anteriormente praticado apenas por homens com lesões da coluna vertebral, o halterofilismo estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1964, em Tóquio. Somente a partir de 1996 as mulheres entraram para a disputa. A modalidade é praticada hoje por mais de cem países.
O primeiro representante brasileiro foi Marcelo Motta, em Atlanta. Já em Sydney, o país contou com Alexander Whitaker, João Euzébio e Terezinha Mulato. Para a competição, os atletas são divididos em categorias conforme o peso corporal, assim como no halterofilismo convencional.

Com as primeiras competições registradas na Inglaterra e em países da Escandinávia na década de 1970, o hipismo estreou nos Jogos Paraolímpicos em Nova York e Stoke Mandeville, em 1984. No entanto, com pouca popularidade, a modalidade ficou de fora da programação oficial até os Jogos de Atlanta-1996. No Brasil, o esporte é praticado desde 2002. A primeira vaga do país para os Jogos foi assegurada por Marcos Fernandes Alves, mais conhecido como Joca, após o atletas faturar duas medalhas de ouro durante o Parapan de Mar del Plata, em 2003. No total, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos, ambas com Marcos Fernandes Alves, em Pequim-2008.






Única arte marcial que compõe o programa paraolímpico, o judô para atletas cegos é praticado desde a década de 70, tendo estreado no masculino nos Jogos em Seul-1988, e no feminino, em Seul-1988, e no feminino, em Atenas-2004.

Desde o início, o Brasil revelou ter grande força na modalidade. Logo na estréia, três atletas conquistaram a medalha de bronze: Jaime de Oliveira (até 60 kg), Júlio Silva (até 65 kg) e Leonel Cunha (acima de 95 kg). Mas a primeira vez do país no topo do pódio foi em Atlanta-1996, quando Antônio Tenório faturou o ouro na categoria até 86 kg. O judoca ainda repetiu o feito em Sydney-2000 (até 90 kg), Atenas-2004 (até 100 kg) e Pequim-2008 (100 kg). Em Londres-2012, Tenório ficou com o bronze. No total, o país acumula 18 medalhas nos Jogos, sendo quatro de ouro, cinco de prata e nove de bronze.

Uma das modalidades que reúne o maior número de participantes, a natação compõe o programa paraolímpico desde a primeira edição dos Jogos, em Roma-1960. A princípio, participavam das disputas apenas atletas com lesões medulares. Com o passar dos tempos, o esporte foi se estendendo a outras categorias de deficiências, tanto físicas quanto visuais e intelectuais.
O Brasil começou a ganhar força na natação em Stoke Mandeville (1984), ano em que faturou uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Outro ano de grande destaque foi 2004, em Atenas, quando o país conquistou sete medalhas de ouro (sendo seis de Clodoaldo Silva), três de prata e uma de bronze. Nos anos seguintes, ainda mais vitórias: Daniel Dias foi o responsável por conquistar, sozinho, nove medalhas em Pequim, sendo quatro de ouro. Em Londres, o atleta chegou à conquista de seis ouros. No total, o Brasil já conquistou 83 medalhas em Jogos Paraolímpicos, sendo 28 de ouro, 27 de prata e 28 de bronze. É a segunda modalidade que mais medalhas deu ao Brasil nos Jogos, atrás apenas do atletismo (109).
Há algumas adaptações nas regras da Federação Internacional de Natação (Fina) para as disputas paraolímpicas. Dependendo da deficiência, os atletas podem largar de dentro da água, sentados ou ao lado do bloco de partida. Também há casos em que recebem auxílio do técnico ou de um voluntário para a largada. Já entre os deficientes visuais, o tapper é a pessoa que usa um bastão, com ponta de espuma, para avisar o atleta sobre o momento da virada e da chegada. Nesse caso, os óculos dos atletas são opacos, para assegurar a igualdade de condições na prova.

No Brasil, o remo adaptado data da década de 1980, quando foi iniciado um programa de reabilitação no Rio de Janeiro para pessoas com deficiências. Mas foi apenas em 2001 que a Federação Internacional de Remo (Fisa) solicitou formalmente a inclusão da modalidade nos Jogos Paraolímpicos que seriam realizados dali a sete anos, em Pequim-2008. O Brasil possui apenas uma medalha na modalidade, de prata, conquistada em Pequim-2008.
O primeiro Mundial, em 2002, foi realizado na Espanha e contou com a participação de sete países. Naquele ano, foi assinado um protocolo em que as nações se comprometiam a desenvolver a modalidade. Dois anos depois, o Mundial teve 24 países representados.
Com provas em um percurso de 1.000 m, o remo adaptado recebe essa nomenclatura por ter alterações nos barcos para conferir segurança aos atletas com deficiências. Nas embarcações, podem competir uma, duas ou quatro pessoas, com diferentes tipos de limitação. A divisão por classes é feita de acordo com o membro utilizado pelo competidor para a propulsão.

O rúgbi em cadeira de rodas nasceu na década de 1970, em Winnipeg, no Canadá, e foi desenvolvido por atletas tetraplégicos. No entanto, a modalidade só foi nos Jogos Paraolímpicos de Atlanta-1996, como esporte de demonstração. A estreia oficial ocorreu quatro anos depois, nos Jogos de Sydney-2000, no qual os Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro, deixando a Austrália com a prata e a Nova Zelândia com o bronze.
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade para cadeirantes tem muito contato físico. São quatro atletas em cada equipe, que contam ainda com 8 reservas cada. Os jogos ocorrem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e têm 4 períodos de 8 minutos. O objetivo é passar da linha do gol com as duas rodas da cadeira e a bola nas mãos.
O curioso do rúgbi em cadeira de rodas é que ele não é dividido por gênero. Homens e mulheres jogam juntos em uma categoria mista. Estão aptos a disputar a modalidade atletas que sejam comprovadamente tetraplégicos, que são divididos em classes de acordo com a habilidade funcional.
O Brasil ainda não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas. O país nunca participou dos Jogos. As equipes mais fortes do esporte são o Canadá e os Estados Unidos, os primeiros a praticar e difundir a modalidade, e a Austrália e a Nova Zelândia, países nos quais o rúgbi convencional é muito praticado.

O tiro com arco é uma das mais tradicionais modalidades dos Jogos Paraolímpicos e esteve presente em todas as edições, desde Roma-1960 até Londres-2012. A história do esporte é ainda mais antigo. O que começou como atividade de recreação e recuperação rapidamente se transformou em competição. Os primeiros registros de torneios de tiro com arco datam de 1948, na Inglaterra.
Uma característica marcante e até inusitada do tiro com arco nas Paraolimpíadas é que as provas foram disputadas por homens e mulheres desde o início. Ao contrário da história de diversas outras modalidades, que começaram com disputas exclusivamente masculinas, o tiro com arco incluiu as mulheres desde seus primeiros passos. Além das provas individuais, a modalidade ainda conta com a disputa por equipes.

A história do tiro esportivo nos Jogos Paraolímpicos começou em 1976, em Toronto. A primeira edição da modalidade, no entanto, foi disputada apenas por homens. Mas isso não durou muito. Já em Arnhem-1980 as mulheres entraram na briga por medalhas. O tiro esportivo, por sinal, tem um histórico de muitas mudanças ao longo das edições das Paraolimpíadas.
Em 1984, ano em que os Jogos foram disputados em duas cidades — Nova York, nos Estados Unidos, e Stoke Mandeville, na Inglatera —, as categorias mistas do tiro esportivo foram retiradas do programa. Oito anos mais tarde, nova mudança. Em Barcelona-1992, as provas mistas retornaram, mas desta vez substituindo as disputas no feminino. O tiro voltou a ter provas masculinas, femininas e mistas quatro anos depois, em Atlanta-1996, formato utilizado até hoje.
A história do Brasil no tiro esportivo paraolímpico é ainda mais recente. A modalidade deu seus primeiros passos em 1997, no Centro de Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O caminho até as Paraolimpíadas foi longo. Participando aos poucos de competições internacionais, o país fez sua primeira aparição nos Jogos em Pequim-2008, com o atleta Carlos Garletti.

Nova modalidade a integrar o programa paralímpico a partir do Rio-2016, o triatlo vem ganhando cada vez mais adeptos. A prova engloba 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, e pode ser praticada por pessoas com variados tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos. Juntamente com a canoagem, o triatlo foi escolhido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) entre sete esportes candidatos e anunciado oficialmente em dezembro de 2010.
Há algumas adaptações em relação à modalidade convencional, como a possibilidade de paraplégicos ou cadeirantes usarem a handycle, uma bicicleta manual em que os pedais são impulsionados com as mãos. O trecho de corrida pode ser realizado com a cadeira de rodas. Em 2016, a competição será realizada na praia de Copacabana.

A história e a evolução do tênis de mesa se confundem com as Paraolimpíadas. A modalidade está presente nos Jogos desde a primeira edição, em Roma-1960. Até chegar no formato atual de disputa, com medalhas nas categorias individual e por equipes tanto no masculino quanto no feminino, o tênis de mesa passou por diversas experiências.

Em Roma-1960, os atletas competiram em jogos de simples e duplas, no masculino e no feminino. E foi assim até os Jogos de Heidelberg-1972, quando entraram em cena a competição por equipes. Em Arnhem-1980, por exemplo, os atletas só disputaram partidas no individual e por equipes, deixando de fora as duplas. Em 1984 e 1988 entrou no programa o open. Em 1992, em Barcelona, voltaram apenas as disputas individuais e por equipes. Mas em Atenas-2004, houve novamente partidas de duplas.

Embora tenha uma longa história, o tênis de mesa paraolímpico chegou ao Brasil em 1995, junto com a criação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Mesmo ainda recente no país, a modalidade já teve representantes brasileiros nos Jogos de Atlanta-1996, quando os mesatenistas Francisco Eugênio Braga, Luiz Algacir e Maria Luiza Pereira competiram. O Brasil tem uma medalha de prata em seu currículo na modalidade, conquistada por Welder Knaf e Luiz Algacir Silva, em Pequim-2008, na disputa por equipes.

A origem do tênis em cadeira de rodas é norte-americana. Foi em 1976 que Jeff Minnenbraker e Brad Parks criaram as primeiras cadeiras adaptadas para o esporte. Não demorou nem um ano para que o primeiro torneio fosse realizado, na Calofórnia. O tênis em cadeira de rodas se difundiu rapidamente nos Estados Unidos, tanto que em 1980 foi disputado o primeiro campeonato nacional da modalidade.
Quando foi criada a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas (IWTF, em inglês), em 1988, o esporte já estava bem encaminhado para se tornar paraolímpico. Tanto que naquele mesmo ano a modalidade participou dos Jogos de Seul como exibição. Outro passo importante foi dado em 1991, ano em que a IWTF foi incorporada à Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês), até hoje responsável pelo tênis em cadeira de rodas. No ano seguinte, nos Jogos de Barcelona-1992, a disputa paraolímpica foi oficializada, valendo medalhas pela primeira vez.
No Brasil, o primeiro atleta a ter contato com o tênis em cadeira de rodas foi José Carlos Morais. Ele conheceu o esporte em 1985, na Inglaterra, quando competia com a seleção de basquete em cadeira de rodas. Onze anos depois, Morais foi aos Jogos Paraolímpicos de Atlanta e, ao lado de Francisco Reis Junior, se tornou o primeiro brasileiro a representar o país na modalidade.

Um dos mais tradicionais esportes olímpicos, a vela foi adaptada para os atletas paraolímpicos recentemente. Em Atlanta-1996 apareceu como demonstração nos Jogos, e quatro anos mais tarde, em Sydney-2000, passou a valer medalhas.
A modalidade é disputada em três categorias, todas sem divisão por gênero. Homens e mulheres competem juntos nas classes 2.4mr, Sonar e SKUD-18. A 2.4mr é individual, enquanto a Sonar leva três atletas e a SKUD-18 é composta por duplas, sendo um integrante obrigatoriamente do sexo feminino.
A vela paraolímpica é aberta a atletas com qualquer tipo de deficiência. O sistema de classificação é feito levando em consideração a estabilidade, a mobilidade, a visão e funções motoras das mãos. Em Londres-2012, um total de 80 velejadores participou das regatas.

O vôlei sentado surgiu da junção do vôlei convencional com um esporte alemão praticado por pessoas com pouca mobilidade, mas sem rede, chamado sitzbal. A união das duas modalidades fez surgir o vôlei sentado em 1956. Utilizando basicamente as regras do vôlei, o esporte tem um ritmo frenético e é disputado oficialmente desde as Paraolimpíadas de Arnhem-1980, na Holanda. Em Toronto-1976 apareceu como exibição.
Quando entrou no programa paraolímpico, o vôlei sentado dividia espaço com a modalidade disputada em pé. Após 24 anos compartilhando os holofotes, a modalidade ganhou destaque de vez a partir dos Jogos de Atenas-2004, quando o vôlei paraolímpico passou a ser disputado apenas com os atletas sentados.
Podem competir no vôlei sentado jogadores amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora. Uma das regras principais do esporte é que os atletas não podem bater na bola sem estar em contato com o solo.

Referências:

Wikipedia em https://pt.wikipedia.org

COB em www.cob.org.br